Com programação científica intensa, Congresso Pernambucano de Pediatria volta após oito anos

A Sociedade de Pediatria de Pernambuco (Sopepe) realizará entre os dias 27 e 29 de outubro, em Recife, o IV Congresso Pernambucano de Pediatria, após oito anos desde a sua última edição. De acordo com o presidente da filiada e também presidente do Congresso, dr. Eduardo Jorge da Fonseca Lima, o evento discutirá temas atuais …

PE-logo-congresso2016A Sociedade de Pediatria de Pernambuco (Sopepe) realizará entre os dias 27 e 29 de outubro, em Recife, o IV Congresso Pernambucano de Pediatria, após oito anos desde a sua última edição. De acordo com o presidente da filiada e também presidente do Congresso, dr. Eduardo Jorge da Fonseca Lima, o evento discutirá temas atuais relacionados à assistência pediátrica baseados nas melhores evidências científicas. 

“Nosso estado sempre teve grandes escolas de pediatria, que servem como referência para os estados vizinhos, mas sempre havia essa lacuna e a necessidade do retorno de um evento que pudesse novamente agregar mais conhecimento à especialidade”, destacou o presidente. 

A programação científica contará com diversos cursos pré-congresso, que serão realizados no dia 26. Um deles é o de Manuseio da Icterícia Neonatal. Além disso, haverá atividades focadas em temas como: Alimentação na Primeira Infância, Nutrição, Intubação Neonatal, Radiologia Pediátrica e Desenvolvimento Infantil. Todas as ações são especialmente dirigidas aos profissionais envolvidos no atendimento de crianças portadoras de deficiências, incluindo o quadro de Zika vírus congênito. 

Durante o evento, também será realizado o 1º Encontro das Ligas de Pediatria de Pernambuco. A expectativa do presidente da Sopepe é que o Congresso receba cerca de 700 participantes do Estado e de todo o Nordeste. 

ANTIBIOTICOS – Uma das palestras de destaque do evento será proferida pelo próprio presidente. Sob o tema “OMA sem antibióticos: estamos seguros ao prescrever apenas analgésicos? ”, o Eduardo Jorge tratará de questões relacionadas à otite média aguda, um diagnóstico comum na infância, especialmente em crianças menores de três anos de idade. 

Estima-se que aproximadamente de 50% a 80% das crianças experimentam pelo menos um episódio da doença nessa faixa etária. A consequência disso são as frequentes visitas ao pediatra e prescrição desnecessária de antibióticos.  

“Na década de 90, popularizou-se na Europa o conceito de ‘observação’ como opção à prescrição de antibióticos. Entretanto, somente a partir de 2004, a American Academy of Pediatrics e a American Academy of Family Physicians passaram a advogar em seus guidelines uma observação inicial e o uso de analgésicos em vez de tratamento imediato com antibióticos”, ponderou o especialista. 

Segundo dr Eduardo Jorge, a escolha da opção terapêutica para a OMA é ainda um tema controverso, pois se trata de uma doença cujo quadro clínico pode variar de leve a autolimitado, podendo existir casos com complicações importantes. “Nesse contexto, a decisão do tratamento é multifatorial e envolverá a experiência do pediatra ou do otorrinolaringologista, o local do atendimento e também a aceitação da família”, esclarece. 

 

SERVIÇO

Evento: IV Congresso Pernambucano de Pediatria

Local: Mercure Mar Hotel, Praia de Boa Viagem – Recife/PE

Programaçãohttp://bit.ly/2dNXV6A

Mais informações poderão ser obtidas pelo email [email protected]