Com uma série de atividades, 38º CBP abre as possibilidades de atualização para os pediatras participantes

Mesas redondas, miniconferências e painéis apresentaram um novo panorama aos pediatras participantes do 38º Congresso Brasileiro de Pediatria, movimentando todos os dias do evento. As atividades foram dinâmicas e atraíram um grande público. Com mais de seis mil inscritos, os auditórios do Centro de Eventos do Ceará têm ficado lotados. O grande atrativo é o conteúdo das palestras que introduzem os congressistas em diferentes abordagens e conceitos nas diversas áreas da especialidade.

Um dos temas apresentados que chamou a atenção dos pediatras foi “Transtorno do espectro autista”. Na conferência, foram abordados os diagnósticos do autismo, as causas genéticas e os fatores de risco ambientais que podem influenciar no desenvolvimento do problema. Também foram discutidas questões relacionada à alergia alimentar e à vacina tríplice viral como causa, além da apresentação de propostas terapêuticas no tratamento da doença.

A palestra foi ministrada pelo presidente do Departamento Científico de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr Marcio Vasconcelos, do Rio de Janeiro (RJ). De acordo com ele, o mais importante na melhora dos pacientes é a atitude da família e o estímulo com as terapias: “Não existe mágica. O que funciona é o apoio da família e o terapeuta que gosta de crianças”, afirmou. Ainda, de acordo com o médico, não pode haver evolução sem a sintonia entre o profissional de saúde e os que convivem com o portador da síndrome.

A pediatra Gabrielly Leitão, de São Paulo (SP), foi uma das diversas residentes que acompanharam a miniconferência sobre autismo. Ela destacou a importância do acesso a esse tipo de conteúdo para os residentes e a aplicabilidade de tudo o que foi repassado para o cotidiano dos profissionais. “É muito importante que estejamos sempre atualizados com esses assuntos, pois é algo que poderemos aplicar no nosso dia a dia, de forma mais segura e responsável”, afirmou. 

Por sua vez, dra Ana Carla Figueiredo Pinto, de São José dos Campos (SP), participou da mesa redonda “Fortes demandas para o pediatra e a escola”. Segundo conta, o debate proporcionou novas fontes de conhecimento: “Consegui visualizar um viés mais prático e próximo às necessidades. Obtivemos novas referências bibliográficas e isso ajuda bastante na reciclagem do conhecimento”, disse.

Confira outros temas foram apresentados e discutidos em mesas redondas e miniconferências no 38º Congresso Brasileiro de Pediatria: 

·       A Asma na Criança;

·       A Criança com Alteração do Estado Mental;

·       Anemia Ferropriva Não Responsiva A Tratamento (Como Abordar);

·       Apneia Obstrutiva do Sono;

·       Atraso do Desenvolvimento;·       Atualização Na Avaliação Por Imagem Do Aparelho Digestório Em Pediatria;

·       Colestase Neonatal;

·       Doenças Neurológicas Relevantes Para o Pediatra;

·       Exames Laboratoriais Nas Doenças Alérgicas (Como Solicitar e Interpretar);

·       Fortes Demandas Para o Pediatra e a Escola;

·       Infecções na Criança Imigrante (Desafios e Perspectivas);

·       Interpretação do Hemograma em Situações Especiais;

·       Manejos de Infecções Graves em Pediatria;

·       Medicamentos e Sono na Criança;

·       O Pediatra e a Epigenética, Maconha, descriminalizar ou Não;

·       O Uso Racional de Antimicrobianos Em Infecções Adquiridas Na Comunidade;

·       Obstrução Nasal Na Infância, Deficiência de Lipase Ácida Lisossomal;

·       Principais Problemas Clínicos na Adolescência.