Começou hoje a campanha de imunização contra o HPV (a sigla em inglês para o Vírus Papiloma Humano) – uma das principais causas do câncer do colo de útero e associado também a neoplasias em outros órgãos (ânus, pênis, boca, vagina etc). Serão oferecidas 15 milhões de doses gratuitamente nos 36 mil postos de saúde do país, além de escolas públicas e privadas. Neste primeiro ano, serão vacinadas as meninas de 11 a 13 anos.
A vacina utilizada será a quadrivalente, que protege contra os quatro tipos mais comuns da doença. De acordo com o esquema estipulado pelo Ministério da Saúde, cada adolescente deverá tomar três doses, sendo a segunda seis meses depois da primeira, e a terceira cinco anos após a primeira. A meta da campanha é atingir 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas. Em 2015, a campanha se dirige às garotas de nove a 11 anos e a partir de 2016 às de nove anos.
Contágio
A estimativa da OMS é que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, dentre as quais 32% foram infectadas pelos tipos 16 e 18, responsáveis pelo câncer de colo de útero. Avalia-se que já morreram 270 mil mulheres devido a este tipo de câncer. A transmissão ocorre pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual e também da mãe para o filho no momento do parto.
Segurança e eficácia
Segundo o dr. Aroldo Prohman de Carvalho, do Departamento de Infectologia da SBP, a melhor forma de enfrentar o câncer de colo de útero é a estratégia que combina a prevenção primária (vacina) – mais eficiente para evitar a infecção – com a secundária, que detecta as lesões de colo (Papanicolau).
Países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, entre outros, introduziram a vacina contra o HPV em seus programas públicos de imunização e hoje já colhem bons resultados na prevenção. Os estudos que permitiram seu licenciamento incluíram mulheres com vida sexual ativa em número suficientemente elevado para permitir conclusões categóricas quanto à eficácia e segurança.
“A infecção por algum tipo de HPV é precoce e o ideal é que a imunização ocorra antes do início da vida sexual. Mas isso não quer dizer que quem já se expôs não deva também tomar a vacina. O Papanicolau isoladamente não foi capaz de eliminar o problema em nenhum país. São estratégias complementares. É de extrema importância que todos os profissionais de saúde orientem seus pacientes da faixa etária indicada”, salienta.
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