Como lidar com as crianças diante da tecnologia? Pais, especialistas e as próprias discutem os dilemas

Publicado em 10  de março de 2018 – por Emiliano Urbim    

(...) Controlar o acesso das crianças de hoje às telas do mundo é questão fundamental para os pais. Ainda não há um manual fechado para essa geração com filhos nascidos na era das redes sociais. Além de administrar o tempo de TV e videogame, desafios já presentes em décadas anteriores, agora é preciso saber com quem meninos e meninas interagem no celular, tablet e computador. Ao mesmo tempo que é impossível ignorar a realidade de uma sociedade tecnológica, é preciso estar atento.  

— Não basta fixar limite de horas on-line — diz Evelyn Einsenstein, pediatra, secretária do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), professora da Uerj e integrante do grupo de estudos E.S.S.E. Mundo Digital (a sigla E.S.S.E. é de Ética, Segurança, Saúde e Educação). — Deixar seu filho na frente da tela, sem saber o que ele acessa, é uma coisa. Interagir com ele é outra.  

Evelyn, que há um mês se tornou avó, acredita que muitos pais encorajam os filhos a desbravar a tecnologia e esquecem de incentivá-los a desenvolver tarefas de coordenação motora básicas, como amarrar os tênis ou segurar um lápis de modo correto. Já há, inclusive, relatos sobre crianças inglesas com dificuldades de usar o lápis. A pediatra defende que os pais sigam a cartilha da Sociedade Brasileira de Pediatria (veja dicas ao lado), baseada na da American Academy of Pediatrics. O documento é rigoroso: indica, no máximo, uma hora de tela por dia até 6 anos de idade, duas horas entre 6 e 10 anos, e, a partir daí, de duas a três horas. — E não adianta mandar o filho largar o celular se você seguir grudado no seu — salienta.  

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