O 4º Congresso Brasileiro de Urgências e Emergências Pediátricas – realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), em Brasília (DF) – se destacou pelas inovações na grade científica e participação de congressistas de todas as unidades de federação do País. Com 1.100 inscrições de todas as regiões, a maior representatividade no evento foi do Centro-Oeste (50%), seguido pelo Sudeste (21%), Nordeste (10%), Norte e Sul (7% cada). Outros 3% vieram do exterior.

“Foi um evento incrível, com pessoas de todo o Brasil e da América Latina. Inovamos em nossa grade científica e trouxemos a simulação realística, discussão de caso clínico, além das palestras de excelência. O feedback foi positivo e estamos felizes por tantos resultados de sucesso”, comemorou a presidente da SPDF, dra Luciana Monte.

A coordenadora Regional Centro-Oeste da SBP, dra. Renata Seixas, também destacou a excelência do evento por meio das temáticas debatidas, tais como urgência e emergência hipertensiva, emergência cardiológica, atendimento ao paciente vítima de trauma e maus tratos, emergência em saúde mental, situações frequentes na emergência, entre outros. “Foram várias mesas-redondas e conferências com temas relevantes para o pediatra, que busca atualização no atendimento do paciente crítico”, disse.

A presidente do Congresso, dra. Vilany Mendes Félix, destaca que os participantes tiveram as experiências mais inovadoras para sistematização do atendimento aos agravos agudos que acometem as crianças. “Foi uma ótima oportunidade de atualização do conhecimento para melhorar o desfecho com qualidade de vida, além da troca de experiência e aprendizagem sobre técnicas implementadas recentemente na abordagem do primeiro atendimento ao paciente crítico e a continuidade do cuidado, sempre com foco no aprendizado organizacional, fortalecendo a cultura de segurança do paciente”, observou.

O presidente da Comissão Científica do Congresso e presidente do Departamento Científico de Emergência da SBP, dr. Sérgio Amantéa, disse que a emergência pediátrica foi uma das áreas mais impactadas na pediatria em função da pandemia de COVID-19, “uma vez que passamos a conviver com um cenário de mudança na sazonalidade das doenças respiratórias, o que tem impactado nos cenários de superlotação e gerenciamento dos recursos humanos disponibilizados para atuar nas unidades de emergência”.

Segundo ele, o evento foi estruturado nesse cenário, cujo programa priorizou tópicos voltados à epidemiologia e ao manejo das doenças respiratórias, bem como a estruturação dos serviços de emergência. “A iniciativa gerou interesse pelas discussões e possibilitou o intercâmbio de experiências com colegas da América Latina e das diferentes mesorregiões do nosso país”, salientou.

TRABALHOS CIENTÍFICOS – A Comissão Científica do 4º Congresso Brasileiro de Urgências e Emergências Pediátricas recebeu 322 trabalhos científicos no formato pôster eletrônico (e-pôster), o que facilita para o usuário devido ao menor tempo de preparação e poder apresentar o estudo em outros locais.

“Finalizamos o Congresso com a sensação de um dever cumprido. De termos transmitido conhecimento de qualidade a uma população participativa. A equipe local de profissionais soube interagir com os profissionais de outras regiões e de outros países, incluindo a presidência e membros da Sociedade Latino-americana de Emergência Pediátrica (SLEPE). O resultado não poderia ter sido melhor e atesta o acerto da SBP em confiar à capital federal a responsabilidade pela organização de tal evento”, frisou o dr. Sérgio Amantéa.