COVID-19: PALS-SBP divulga recomendações para ressuscitação cardiopulmonar pediátrica

“A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é um procedimento de emergência e pode ser ministrado a pacientes com COVID-19. A RCP nesses pacientes demanda atenção especial devido ao maior risco de produção de aerossóis durante as manobras de compressão torácica e ventilação, oferecendo risco importante de contaminação à equipe assistencial, especialmente quando o paciente ainda não está com a via aérea isolada”. A avaliação é do Grupo de Reanimação Pediátrica (PALS, sigla em inglês) da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), divulgada nesta segunda-feira (27) na nota de alerta “Recomendações para Ressuscitação Cardiopulmonar Pediátrica em Pacientes com Suspeita ou Confirmação de COVID-19”.

ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DA NOTA DE ALERTA.

Segundo o documento, é preciso redobrar a atenção na presença de pacientes suspeitos ou confirmados com a COVID-19, que estejam sob o risco maior de deterioração aguda ou PCR.

“Nesses casos, a sinalização dos Times de Resposta Rápida ou equipes que irão proceder ao atendimento deve ser clara e objetiva. O treinamento da equipe e a disponibilidade de material adequado e suficiente para atender os pacientes e para proteger os médicos e todos os profissionais de saúde são fundamentais, além da separação de áreas físicas exclusivas para estes atendimentos”, diz trecho da nota.

De acordo com o documento, o reconhecimento e a condução da PCR mantêm as condutas preconizadas pelo PALS e o reconhecimento da ressuscitação se faz com avaliação de pulso central e ausência de respiração efetiva. “Os processos relacionados à tomada de decisões para RCP devem continuar sendo individualizados e com atenção especial à proteção da equipe que deve estar usando os EPIs adequados a menos que a situação indique o contrário”, ressalta a nota da SBP.

RECOMENDAÇÕES – O documento da SBP traz recomendações para proteção da equipe e sobre a utilização correta dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O texto diz que a PCR pré-hospitalar, dependendo da prevalência local da doença, pode ser razoável considerar toda PCR pré-hospitalar como caso suspeito e que, desta forma, se reduz o risco de exposição acidental da equipe.

“É essencial que os profissionais protejam a si e a seus colegas de exposições desnecessárias. Profissionais expostos que contraem COVID-19 reduzem a já escassa mão de obra capacitada disponível para atendimento”, ressalta a nota.

O documento da SBP também traz orientações quanto ao reconhecimento e abordagem da PCR; medidas sobre manejo avançado de vias aéreas durante a parada cardíaca em caso de COVID-19 além de estratégias para intubação orotraqueal.

Confira todas as orientações da SBP a respeito da COVID-19 em https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/