A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) acaba de lançar o “Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19”. Com apoio institucional da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a publicação reúne normas e diretrizes de proteção para a retomada das atividades escolares. As informações, elaboradas com linguagem acessível, destacam aspectos sobre a transmissão da Covid-19 e a implementação de boas práticas de biossegurança que podem contribuir para a promoção da saúde e prevenção dessa doença nos colégios brasileiros.
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De acordo com a presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, a leitura do Manual está indicada aos pediatras e demais profissionais de saúde que atuam com pacientes da faixa etária infantojuvenil, uma vez que o conteúdo traz recomendações relevantes sobre questões sanitárias e o novo coronavírus, em consonância com a realidade das instituições de ensino públicas e privadas do País.
“Preocupa-nos o retorno de crianças e adolescentes às escolas, sobretudo com os números que estão aí de infecções e mortes e as dificuldades para as crianças manterem o distanciamento. Sugerimos que novas discussões sejam feitas pelos órgãos e instituições para analisar as peculiaridades de cada região do Brasil”, destacou a presidente da SBP.
Segundo a coordenadora geral de Ensino Técnico da EPSJV, Ingrid D’avilla, que fez parte da equipe responsável pela elaboração do documento, o Manual também pode auxiliar gestores e trabalhadores de instituições de ensino na tomada de decisão.
“Sua importância reside na possibilidade de incentivar mudanças nas estruturas das escolas, sobretudo naquelas em que historicamente houve a naturalização da precariedade de condições. Além disso, é útil para orientar as decisões para além do contexto epidemiológico, uma vez que a capacidade ou não de implementar determinadas ações também deve ser um impeditivo ético para a reabertura de escolas”, ressalta.
CONTEÚDO – O manual está organizado em quatro partes: “Sobre a Covid-19”; “Sobre a organização geral da escola para atividades de ensino presenciais”; “Recomendações gerais para o deslocamento”; e “Sugestões para a saúde do trabalhador”. Embora se refira às escolas de modo geral, é importante reconhecer que a publicação tem como base um recorte transversal, sem contemplar aspectos específicos dos diferentes níveis e modalidades educacionais.
O documento traz ainda fundamentos técnico-científicos sobre biossegurança, que precisam ser discutidos a partir de uma perspectiva pedagógica e de ênfase na proteção à vida. No manual, os autores reconhecem que as escolas brasileiras possuem distintas condições de infraestrutura, recursos financeiros, força de trabalho, interlocução com o sistema de saúde, entre outros, para conseguirem uma perfeita adaptação às orientações.
“Consideramos de fundamental importância que essas normas e diretrizes façam parte do horizonte de modificações possíveis, especialmente na gestão pública, para garantir o retorno às atividades de ensino presencial com segurança para professores, estudantes e todos os trabalhadores da área da educação”, reforça o texto.
*Com informações da Assessoria da Fiocruz.
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