O Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nesta segunda-feira (30) documento com recomendações ao pediatra para a prevenção ao coronavírus. O objetivo é orientar esses profissionais quanto ao atendimento em ambulatórios, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e outras medidas de prevenção contra a doença.
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“Levando em conta, por um lado, a elevada prevalência de infecções respiratórias que acometem as crianças nos meses do outono e do inverno, e por outro lado, as características da COVID-19 nesses grupos etários, consideramos a preparação deste documento de extrema importância”, diz trecho do documento.
De acordo com os especialistas em Infectologia, uma das realidades do momento é que, apesar de as crianças e mesmo adultos jovens não serem o principal foco na prevenção da doença – visto que não são os que apresentam doenças mais graves –, eles estão sendo diretamente atingidos por medidas de contenção como fechamento de escolas, universidades e limitação de acesso aos espaços públicos.
“Mas devemos recordar que temos como objetivo não deixar as famílias que precisam de orientações e de atendimento desamparadas. Neste momento, cabe ao pediatra acalmar as famílias e até se possível orientar em como superar estes momentos de reclusão em casa”, ressalta outro trecho do documento.
CONSULTÓRIO – Para o atendimento em consultório, caso estejam funcionando, a SBP reforça que é preciso elaborar um novo fluxo de atendimento para oferecer a melhor assistência possível a todas as famílias. Contudo, esse fluxo deve ser constantemente reavaliado conforme a evolução do cenário da epidemia e, se necessário, novas modificações podem ser implementadas.
Entre as principais recomendações estão o adiamento dos atendimentos de rotina aos pacientes estáveis; pacientes que apresentem sinais clínicos de alerta para a presença de complicações, como febre persistente, dispneia, queda do estado geral: devem dirigir-se a um serviço de urgência, para avaliação da necessidade de hospitalização e confirmação diagnóstica; aprovada pelo CFM; a utilização da tecnologia (telefonema ou telemedicina para atendimentos e orientações não emergenciais) deve ser reforçada; entre outras.
Dentro dos consultórios, os especialistas orientam que é preciso solicitar que as crianças sejam levadas por apenas um acompanhante e que este mantenha a criança no colo ou sentada na cadeira para evitar tocar superfícies que não forem necessárias.
As crianças com sintomas respiratórios, assim como seu acompanhante, devem permanecer dentro do consultório com máscara cirúrgica sempre que possível. Além disso, a SBP recomenda ao pediatra o uso de máscara cirúrgica, além de luvas, óculos ou protetor facial e aventais descartáveis é necessário no momento de atendimento dos pacientes sintomáticos. É preciso manter constante higiene das mãos com álcool 70% e/ou a lavagem das mãos.
ORIENTAÇÕES GERAIS – O documento da SBP também traz orientações que os pediatras devem repassar aos pais e responsáveis de seus pacientes. Entre elas, estão incentivo frequente à imunização, devendo manter atualizadas as carteiras de vacinas em atenção especial ao período de imunização para Influenza; a preservação do aleitamento materno.
Constam ainda no documento os cuidados básicos – indicados pelo Ministério da Saúde – para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar a lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir o nariz e a boca com o braço quando espirrar ou tossir.
O Ministério da Saúde recomenda ainda, como medidas de prevenção, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença; e viajar somente em casos de extrema necessidade.
Para a realização de procedimentos que possam gerar aerossóis, tais como intubação, coleta de amostras do trato respiratório, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro em pacientes suspeitos de COVID-19, os profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e aerossol: máscara N95/PFF2, luvas, gorro, avental não estéril impermeável e óculos de proteção.
Confira todas as orientações da SBP sobre a COVID-19 em https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/
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