O Departamento Científico de Oncologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou na última quinta-feira (9) a nota de alerta que atualiza as “Recomendações aos profissionais de saúde que atendem crianças e adolescentes com câncer durante a pandemia de COVID-19”, fundamentadas em publicações nacionais e internacionais. Segundo o documento, há escassez de informações sobre a COVID-19 e seu impacto nestes pacientes e sobre os prestadores de cuidados a esse público.
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O documento da SBP ressalta que médicos europeus publicaram artigo que alerta para o “efeito distração”, segundo o qual a gravidade da COVID-19 atrai a atenção, levando ao esquecimento da importância de se manter o tratamento contra o câncer. “Assim, atuando numa guerra com dois ‘fronts’, o oncologista pediátrico não pode deixar de combater o câncer neste momento”, diz trecho da nota da SBP.
De acordo com o documento, as medidas mais difíceis são as decisões clínicas, referentes ao atraso no tratamento de pacientes que estão atualmente em quimioterapia ou prestes a começá-la. No contexto atual de pandemia, cabe ao médico oncologista definir a manutenção ou adiamento do tratamento oncológico, de acordo com as características clínicas de cada paciente, e respeitando recomendações gerais de prevenção à COVID-19.
RECOMENDAÇÕES – Entre as principais recomendações destacam-se o reforço nas medidas de higienização das mãos e respeito máximo aos isolamentos; a implementação de higiene respiratória; a restrição de visitas em casa e no hospital para o mínimo possível ou, preferentemente, evitá-las; postergar as consultas médicas de seguimento tardio.
O documento da SBP recomenda ainda a adequação das agendas de atendimento evitando aglomerações; realizar quimioterapia em nível ambulatorial, dentro das indicações possíveis; utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) conforme orientação para diferentes situações (de rotina ou de caso suspeito/confirmado); trabalhar em parceria com o Controle de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde local para adequar as medidas de isolamento de profissionais da saúde.
Outra importante orientação frisa que caso haja disponibilidade, os experts recomendem a realização dos testes para identificação do SARS-Cov-2 para os pacientes oncológicos, mesmo assintomáticos, antes do início do tratamento imunossupressor e antes da admissão hospitalar, sendo também recomendado para os cuidadores.
O texto destaca também que o efeito da radioterapia no sistema imunológico é relativamente menor que o da quimioterapia. Assim, parece razoável continuar a radioterapia de acordo com plano terapêutico. Entretanto, a quimioterapia subsequente poderia ser postergada, devendo ser avaliada individualmente. Para as crianças que ainda não iniciaram a radioterapia, pode ser considerada a possibilidade de indicá-la em outro momento, mais seguro.
“É importante não se adotar condutas sem embasamento teórico-científico e que possam prejudicar as chances de cura do paciente com câncer”, orientam os especialistas do DC de Oncologia Pediátrica da SBP.
Confira todas as orientações da SBP sobre a COVID-19 em https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/
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