Em virtude da pandemia pelo novo coronavirus (COVID-19) e a confirmação da transmissão sustentada do vírus no País, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) divulgaram nota conjunta sobre o calendário vacinal da criança nesse período. O objetivo é colaborar com as estratégias públicas e privadas no enfrentamento da pandemia.
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Conforme explica o documento, "ao mesmo tempo em que o isolamento e a limitação na circulação de pessoas reduzem a transmissão, não só do COVID-19, mas de outros patógenos, o não comparecimento de crianças às unidades de saúde para atualização do calendário vacinal, pode impactar nas coberturas vacinais e colocar em risco a saúde de todos, especialmente frente à situação epidemiológica do sarampo, febre amarela e coqueluche que vivenciamos atualmente".
Nesse sentido, o texto ressalta que, em virtude da campanha de vacinação contra o influenza, cuja abordagem de idosos é uma prioridade, a suspensão temporária da vacinação rotineira de crianças por um curto período pode ser considerada, com o intuito de reduzir a exposição aos idosos - faixa etária que está no grupo de risco do novo coronavirus.
Contudo, as entidades reforçam a importância de comunicar aos profissionais da saúde e à população, de maneira clara e oportuna, sobre qualquer alteração na rotina de vacinação como estratégia de enfrentamento da pandemia pelo COVID-19, bem como seu caráter provisório.
RECOMENDAÇÕES – Diante do atual cenário, as entidades sugerem que a oferta das vacinas deve ser mantida de maneira regular e sustentada pelo PNI; a população deve ser encorajada a manter o calendário vacinal atualizado, procurando visitar a unidade de saúde mais perto de suas residências e em horários menos concorridos; estratégias de distanciamento, especialmente de idosos, devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de cada local; a vacinação deve em locais como escolas, clubes e igrejas deve ser estimulada; a criação de horários diferenciados para a vacinação de crianças e adolescentes devem ser criados; entre outras.
O documento diz ainda que, no momento, não há evidências sobre a interação da COVID-19 e a resposta imune às vacinas. No entanto, para reduzir a disseminação da doença, qualquer pessoa com sintomas respiratórios ou febre, deverá ser orientada a não comparecer aos centros de vacinação. Além disso, casos suspeitos ou confirmados da doença poderão ser vacinados após a resolução dos sintomas e passado o período de 14 dias do isolamento.
Confira todas as orientações da SBP sobre a COVID-19 em https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/
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