Da esquerda para a direita: Os drs. Nóbrega, Margarita Ramonet (vice-presidenta da Soc. Argentina de Pediatria), Dioclécio, Ângela Gentile (Soc. Argentina de Pediatria), Gonzalo Giambruno (presidente da Soc. Uruguaia de Pediatria), Mário Grenoville (presidente da Soc. Argentina de Pediatria), Ivan Peñaranda Pérez (pres. da Soc. Boliviana de Pediatria), Daniel Beltramino (ex-presidente da Soc. Argentina de Pediatria), Lydia Tellerias (presidenta da Soc. Chilena de Pediatria), Gustavo Cardigni (tesoureiro da Soc. Argentina de Pediatria), Nélida Valdata (secretária geral da Soc. Argentina de Pediatria) e Antonio Arbo (presidente da Soc. Paraguaia de Pediatria).
A equivalência dos currículos de pediatria e o estabelecimento de um mínimo de três anos para os programas de residência no Cone Sul são alguns dos objetivos definidos pelas sociedades de pediatria dos países que integram a Região, em reunião realizada em abril, em Buenos Aires. A SBP foi representada pelo presidente, dr. Dioclécio Campos Júnior, e pelo diretor de relações internacionais, professor Fernando de Nóbrega. Na pauta, temas de interesse comum para a saúde da criança e do adolescente e o objetivo de buscar estratégias que contribuam para consolidar a integração entre as entidades que congregam os pediatras do sul do continente americano.
Foram discutidos projetos educativos, processos de certificação, publicações científicas e a abertura dos serviços de pediatria à política de intercâmbio de recursos humanos. “A reunião permitiu um grande avanço dos esforços para a unificação da qualidade e dos compromissos da pediatria”, avalia o presidente da SBP. Para o dr. Nóbrega, o encontro aponta “para um amadurecimento político e institucional das entidades pediátricas da Região” e mostra uma “evolução irreversível na construção da comunidade das nações do Cone Sul.”
Entre as principais decisões, estão a realização de consensos científicos e estratégicos para a abordagem racional das principais questões que desafiam a saúde da infância e da adolescência na realidade do Mercosul; o ajuste de conceitos, normas, critérios e práticas de certificação, com o intuito de uniformizar os procedimentos de avaliação; a adoção de critérios comuns para acreditação dos serviços hospitalares que oferecem programa de residência médica em pediatria; a abolição da expressão “sub-especialidade” pediátrica, com a adoção de “área de atuação pediátrica”.
Os dirigentes resolveram também trabalhar para a abertura dos programas eletrônicos de educação continuada de cada entidade aos associados de todas as outras, respeitadas as respectivas normas de acesso; assim como priorizar os pediatras do Cone Sul em projetos de intercâmbio científico e de estágios de curta duração desenvolvidos pela sociedade de pediatria de cada país. Firmaram ainda compromisso com o aumento do engajamento das entidades pediátricas na defesa dos direitos da criança e do adolescente, desenvolvendo campanhas e projetos que promovam o avanço social dos países da Região.
A coordenação das iniciativas ficou a cargo do presidente da Sociedade Argentina de Pediatria, dr. Mário Grenoville. Os dirigentes passarão a realizar dois encontros anuais das sociedades de pediatria do Cone Sul, e o próximo já está marcado para novembro.
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