DC de Suporte Nutricional da SBP apresenta metas para 2019 e defende valorização dos pediatras no atendimento hospitalar

O Departamento Científico de Suporte Nutricional da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) se reuniu durante o I Simpósio Internacional de Terapia Nutricional da Sociedade Brasileira de Nutrição Parental e Enteral (BRASPEN), no Rio de Janeiro (RJ), para apresentar as ações realizadas e traçar as metas para 2019. Na ocasião, foi aplicada a prova para obtenção do certificado de área de atuação em nutrição parental enteral para pediatras.

Participaram da reunião, na sexta-feira (26), o 2º vice-presidente da SBP, dr. Edson Ferreira Liberal, e o dr. Rubens Feferbaum, presidente do DC de Suporte Nutricional. Além deles, também estiveram no encontro os membros do Conselho Cientifico: drs Izaura Merola Faria; Ary Lopes Cardoso; Christiane Araújo Chaves Leite; José Vicente Spolidoro; Mônica Chang Wayhs; Tânia Mara Perini Dillem Rosa; e Vanessa Yumie Salomão Watanabe Liberalesso.

NOVO MANUAL - A tônica do encontro foi a apresentação do novo Manual de Suporte Nutricional da SBP, que foi entregue à Diretoria de Publicações da entidade para deliberações. “Encontramos a relevância de orientar o pediatra na terapia nutricional especializada às crianças com necessidades diferenciadas decorrentes de condições clínicas ou doenças associadas”, explicou o presidente do DC de Suporte Nutricional da SBP.

O Manual de Suporte Nutricional da SBP está dividido em cinco módulos: Bases do Suporte Nutricional em Pediatria (Módulo I); Terapia de Nutrição Enteral (Módulo II); Nutrição Parental (Módulo III); Terapia Nutricional em situações específicas (Módulo IV); e Gerenciamento Hospitalar (Módulo V).

Na oportunidade, também foi apresentada a proposta de realização do curso de Ensino à Distância (EAD) de Suporte Nutricional para Pediatras, ainda em fase de elaboração. “Também falamos sobre a participação do DC no 39º Congresso Brasileiro de Pediatria, tanto na grade quanto nos cursos pré-congresso, assim como da realização de simpósios e da participação em eventos de áreas de interface com o suporte nutricional pediátrico, como gastroenterologia, terapia intensiva, neonatologia e outras afins”, adiantou dr. Rubens.

ATUAÇÃO – Dr. Rubens aproveitou a reunião para falar sobre a necessidade da atuação do pediatra junto às Equipes Multiprofissionais de Terapia Nutricional (EMTN), regulamentadas por lei. Segundo ele, isso compreende as que existem em hospitais com atendimento pediátrico. “Atualmente, a maioria das EMTN de hospitais gerais, onde há internação de crianças, são compostas de profissionais (médicos e nutricionistas) sem formação pediátrica. Esta realidade deve ser modificada, visto que o conhecimento das características de nutrição clínica pediátrica é essencial para o cuidado desta população”, explicou.

Ele ressaltou ainda que, além da terapia nutricional específica para a enfermidade ou condição clínica que levou à internação do paciente, o cuidado pediátrico deve também promover o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento adequado da criança. Na sua visão, essa é a diferença crucial entre as terapias nutricionais de crianças e de adultos. “O pediatra é imprescindível participante da EMTN. Nosso objetivo é que estabelecimentos hospitalares que internem crianças obrigatoriamente tenham um pediatra certificado compondo ou coordenado a EMTN local”, finalizou.