Discussões a respeito dos atuais índices de cobertura vacinal e de mortalidade infantil dominaram a pauta do Fórum “Desafios na Atenção Integral à Criança no Estado do Pará”, promovido pela Sociedade Paraense de Pediatria (Sopape) com apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O evento teve como objetivo atualizar os profissionais da região sobre as doenças preveníveis por vacina e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis.

A abertura do Fórum contou com a participação da presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Luciana Rodrigues Silva, que ressaltou o compromisso da atual gestão de aproximar suas ações dos pediatras brasileiros, com prioridade na descentralização dos cursos e eventos realizados ou apoiados pela SBP.

“O Brasil possui realidades distintas na assistência pediátrica, com especificidades regionais que não podem ser ignoradas. Questões que num primeiro momento são locais, como o contexto da imigração venezuelana e o risco da reintrodução de doenças já eliminadas, têm repercussão e impacto em todo o País”, afirmou.

Cerca de 40 pessoas participaram do evento, que ocorreu simultaneamente à reunião de presidentes de filiadas, promovida no último dia 23, em Belém (PA). Na oportunidade, a presidente da Sopape, dra. Vilma Hutim, ressaltou a importância da iniciativa para congregar os pediatras e gestores da área da saúde da região.

PROGRAMA CIENTÍFICO – A mesa-redonda “Desafios na cobertura vacinal e doenças preveníveis na Região Norte” deu início às discussões científicas, sob o comando da dra. Iolanda Deise Costa, do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde Pública do Pará (SESPA).

Já a pesquisadora do Instituto Evandro Chagas (IECA), dra. Consuelo Oliveira, abordou o assunto “Desafios na erradicação de doenças preveníveis por vacina: Reaparecimento de casos de sarampo na Região Norte e a imigração”. Além disso, a coordenadora da Área Técnica de Saúde do Estado do Pará, dra. Ana Cristina Guzzo, apresentou um histórico da mortalidade infantil, com destaque no componente neonatal no estado, nos últimos 5 anos.

No período da tarde, os debates prosseguiram com a mesa-redonda “Desafio no Controle das Doenças Crônicas não-transmissíveis no Século XXI”, sob coordenação da presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SBP, dra. Mariane Franco.

As discussões abordaram os seguintes temas: “Epidemia das doenças alérgicas”, conduzida pelo diretor-científico da SBP, dr. Dirceu Solé; “Dificuldades alimentares na infância e transtorno alimentar evitativo/restritivo”, apresentada pelo membro do DC de Nutrologia da SBP, dr. Hélcio de Sousa Maranhão; e “Problemas psiquiátricos”, com o psiquiatra infantil e docente na Universidade Estadual do Pará (UEPA), dr. Kleber Oliveira Gonçalves.