“Além de prejudicar o sistema auditivo, ambientes com excesso de ruídos podem comprometer o pleno desenvolvimento da capacidade de atenção e foco de crianças e adolescentes”. O alerta é da presidente do Departamento Científico de Otorrinolaringologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Tânia Sih. A especialista destacou alguns dos males causados pela poluição sonora, como forma de conscientizar a população e dar visibilidade ao Dia do Silêncio, comemorado anualmente em 7 de maio.
De acordo com a pediatra, num mundo permeado pela profusão de barulhos, é necessário que pais e responsáveis estejam atentos à importância de momentos destinados ao silêncio e à introspecção.“Os ruídos fazem parte da rotina diária. No entanto, cada vez mais, as cidades impõem uma realidade em que a poluição sonora é constante e preenche grande parte dos dias, seja nas ruas, shoppings, escolas ou até mesmo dentro de casa. Existe pouco tempo para reflexão e meditação, sendo que esses momentos de pausa são cruciais para o bem-estar e exigem ser acompanhados de silêncio”, explica.
Segundo a dra. Tânia Sih, para que a habilidade da concentração seja adequadamente estimulada – nas atividades escolares, trabalho ou esportes – é necessária a ausência de ruídos e ambientes tranquilos que permitam a elaboração da atenção a objetivos específicos. “Não há dúvidas que o silêncio é um elemento de destaque nesse processo. Quanto mais o ambiente é quieto, melhor a possibilidade de foco e consequentemente os resultados”.
Além disso, quando a criança convive em locais com muita poluição sonora, a tendência é que ela adquira o hábito de falar mais alto ou recorra ao grito para chamar a atenção. Essa atitude pode gerar problemas nas cordas vocais, disfonia ou rouquidão, devido ao constante esforço empreendido para elevar o tom de voz.
Outro perigo iminente são as longas horas que, sobretudo os adolescentes, passam conectados a fones de ouvido. O alto volume das músicas, que muitas vezes extrapola o nível seguro de decibéis, tem efeitos nefastos para a saúde auditiva quando há exposição prolongada. Para a presidente do Departamento de Otorrinolaringologia da SBP, os pais precisam orientar e incluir momentos de silêncio na rotina dos filhos, em especial no período que antecede a hora de dormir.
“Quando a criança for se preparar para deitar, elas devem desligar os aparelhos eletrônicos – televisão, celular, computador e outros – e focar apenas nos seus pensamentos sobre as ações do dia. Esse ambiente de reflexão, sem ruídos ou interferências, é fundamental inclusive para a higiene do sono e uma boa noite de descanso”, esclarece.
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