Entre os dez países com maior número de casos de Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1), o Brasil ocupa a terceira posição, com mais de 88 mil diagnósticos em menores de 20 anos de idade. Para auxiliar os pediatras a avaliar o impacto da doença na vida cotidiana dos pacientes, o Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou o documento “Diabetes Mellitus Tipo 1 e qualidade de vida relacionada à saúde”.
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De acordo com a publicação, diferentes evidências científicas demonstram que pacientes com DM1 possuem mais chances de desenvolver complicações agudas e vasculares, sendo o controle glicêmico rigoroso, desde o início da doença, a forma mais efetiva de retardar ou mesmo prevenir o surgimento desses agravos.
A avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) tem relevância fundamental na adesão ao tratamento, uma vez que o cuidado diário do DM1 apresenta inúmeros desafios para atingir um controle metabólico satisfatório.
“Múltiplas injeções diárias de insulina, monitoramento frequente da glicemia, aderir aos horários e planejamento das refeições, praticar exercícios físicos e manter contato frequente com os profissionais de saúde são alguns dos fatores terapêuticos que afetam a vida dos pacientes, especialmente crianças e adolescentes”, enfatiza o texto.
Para ajudar os pediatras na condução dos pacientes, o documento apresenta diferentes modelos de questionários específicos para a avaliação da qualidade de vida, com versões validadas para a língua portuguesa, entre eles: Diabetes Quality of Life Measure (DQOL); Diabetes Quality of Life for Youths (DQOLY); Diabetes Quality of Life for Youth – Short Form (DQOLY-SF); e Pediatric Quality of Life Inventory (PedsQL™).
Os instrumentos técnicos têm como objetivo dimensionar as preocupações físicas e psíquicas associadas à DM1, e o seu impacto nos funcionamentos físico, emocional e social, sempre com foco na perspectiva tanto dos pacientes quanto de seus cuidadores.
Segundo o documento, a avaliação da QVRS em jovens com DM1 deve ser uma prática rotineira no cuidado dos pacientes, pois além de avaliar a percepção deles e de seus familiares sobre o impacto da doença no seu dia a dia, orienta a equipe de saúde no planejamento de ações educativas mais personalizadas.
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