Diretoria toma posse e exige valorização da infância e da pediatria!

Reeleito para a presidência da SBP, dr. Eduardo da Silva Vaz tomou posse na última sexta-feira, 10 de maio, no Rio de Janeiro. Na solenidade, lembrou algumas das conquistas da pediatria, bem como os desafios, entregando aos presidentes da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, da Confederação Nacional de Saúde, José Carlos Abrahão, e ao senador …


Reeleito para a presidência da SBP, dr. Eduardo da Silva Vaz tomou posse na última sexta-feira, 10 de maio, no Rio de Janeiro. Na solenidade, lembrou algumas das conquistas da pediatria, bem como os desafios, entregando aos presidentes da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, da Confederação Nacional de Saúde, José Carlos Abrahão, e ao senador Randolfe Rodrigues, a “Carta da SBP às autoridades e à população”aprovada pelo Conselho Superior.

– Somos hoje 31.500 médicos titulados*, mais de 11% do total. O número de vagas credenciadas para residência em pediatria tem crescido, foram 1477 em 2013. Também tem aumentado o número de inscritos para a prova do Título de Especialista em Pediatria (TEP), sendo 1.117 este ano, o que significa que os jovens têm buscado a especialidade. Infelizmente, no entanto, vivemos uma crise no atendimento a crianças e adolescentes, tanto no setor público, quanto no privado – afirmou.

Mais saúde para a família


Dr. Valmin Ramos, presidente da Comissão Eleitoral, com diretores eleitos.

O presidente salientou que, desde 1998, a SBP discute, critica, propõe melhorar o modelo implantado no Brasil para a Atenção Básica, que substitui o pediatra por outros profissionais não qualificados para o atendimento médico da criança e do adolescente, como ocorre na Estratégia Saúde da Família.

– É imprescindível que os mais de 80% dos nossos pacientes, que estão no SUS, sejam bem atendidos, bem como também é essencial que a Agência Nacional de Saúde Suplementar faça seu papel de reguladora, que não permita que hospitais encerrem o atendimento pediátrico porque não é lucrativo. É preciso que as mães deixem de “padecer no paraíso” – frisou, em referência ao movimento mineiro que tem se mobilizado contra o fechamento de cerca de 18 hospitais e pronto-atendimentos infantis ocorrido na região metropolitana de Belo Horizonte nos últimos cinco anos- realidade também presente no Rio de Janeiro, em São Paulo e em outros locais.

Perguntado se considera que a Estratégia Saúde da Família deve incluir o pediatra, o presidente da AMB respondeu que sim: “O Programa de Atenção Básica, o Saúde da Família, tão disseminado, precisa ser valorizado e isso passa pela qualificação dos profissionais. No entanto, o Brasil está na contramão disso”.

– O Governo tem incentivado, cada vez mais, que médicos recém-formados se dirijam à Atenção Básica, o que certamente é desvirtuar a lógica da valorização. É ali que se resolve mais de 80% dos problemas de saúde. Mas, da maneira como está hoje, é um engodo, uma tragédia que faz com que tenhamos um percentual maior de pessoas na atenção secundária e na terciária – frisou Florentino Cardoso.

– Não há país que se desenvolva sem um bom sistema de saúde. Eduardo tem sido corajoso em dizer que não há futuro, não há desenvolvimento nacional, sem que as crianças tenham saúde – ressaltou José Carlos Abrahão.

Licença-maternidade. 6 meses é melhor!


Senador entre os drs. Eduardo Vaz e Dioclécio Campos Jr

Presente tanto na reunião do Conselho Superior, quanto na solenidade de posse realizada à noite, o senador Randolfe Rodrigues agradeceu à SBP, ressaltando a importância da iniciativa da entidade, ao propor a ampliação da licença-maternidade para seis meses, que teve a oportunidade de apresentar quando deputado estadual no Amapá, fazendo do seu estado o primeiro a garantir a conquista para as funcionárias públicas.

Agora, parceiro no Congresso Nacional, o parlamentar apresentou, ano passado, oProjeto de Lei do Senado (PLS) 201, que exclui de licitação pública as empresas que não aderirem aos seis meses e, acaba de protocolar, mais duas propostas – o PLS 162, que altera a CLT, fazendo com que a licença passe a ser uma obrigação das empresas, e umaProposta de Emenda à Constituição (PEC) que, ampliando o conceito de licença-gestante para licença-maternidade, torna o benefício, bem como o da licença-paternidade de 15 dias, obrigatório para Estado e iniciativa privada. São medidas que considera “importantes conquistas civilizatórias”, disse o senador, colocando o mandado à disposição da SBP.

Da esq. para a dir., Westermann Geraldes, vice-presidente de Nutrição Infantil da Nestlé Brasil; José Carlos Abrahão, Florentino Cardoso, Fernando José de Nóbrega, presidente da Academia Brasileira de Pediatria; senador Randolfe Rodrigues; Edson Ferreira Liberal, presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro e Francisco Barbosa Neto, presidente da Associação Brasileira de Educação Médica;

 

Presidentes de filiadas e diretores da SBP no Fórum de Defesa Profissional, dia nove, no Rio de Janeiro, quando foi preparada a Carta, aprovada pelo Conselho Superior.

 

A solenidade foi encerrada pelo Coral da Pediatria Brasileira, organizado pela Academia Brasileira de Pediatria. Na foto, com o acadêmico Dias Rego e com a funcionária Daniela Alves

Saiba mais:
A íntegra da Carta (Envie a um amigo por email,”compartilhe” nas rede sociais. As opções estão disponíveis em todos os textos do portal)
. Os números de vagas para residência credenciadas pela Comissão Nacional de Residência Médica
Os dados mais recentes do TEP
A nova diretoria da SBP

OBS:* Calculo feito pelo presidente, somando os dados da última pesquisa Demografia Médica (CFM e Cremesp) com os formados em seguida.