Documento científico destaca importância do tratamento precoce para melhor prognóstico neurológico de paralisia cerebral

 A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de publicar o documento científico “Encefalopatia Hipóxico Isquêmica e Paralisia Cerebral”. O material, produzido pelo Departamento Científico de Neurologia, ressalta a importância do reconhecimento dos sinais clínicos da paralisia cerebral, para que se inicie as intervenções de forma precoce e tenha um melhor prognóstico neurológico.

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A paralisia cerebral (PC), também denominada de encefalopatia crônica não-progressiva (ECPN), é uma complicação neurológica com manifestações multissistêmicas decorrente da encefalopatia hipóxico isquêmica (EIH). O tratamento é feito através de uma abordagem multidisciplinar, em função das diversas comorbidades, e tem como objetivo principal proporcionar à criança e sua família a melhor qualidade de vida possível.

A EIH é reconhecida e definida como uma síndrome clínica neonatal decorrente de um episódio grave e prolongado de isquemia ou hipóxia que ocorre antes ou durante o momento do parto. É considerada a principal causa de comprometimento neurológico neonatal e, apesar da incidência estar diminuído nos países mais desenvolvidos, nos países em desenvolvimento ainda constitui uma condição de grande impacto. No Brasil não há dados precisos de incidência, entretanto, de acordo com o comitê de reanimação neonatal da SBP, de 13 a 15 recém-nascidos morrem diariamente no País em decorrência de quadros de asfixia.

O documento frisa a relevância de campanhas de prevenção sobra a EHI para que haja uma diminuição da prevalência de PC. A causa mais frequente de EHI no período neonatal é a asfixia perinatal. A PC frequentemente cursa com diversas comorbidades, como: transtorno do espectro autista (TEA), déficits cognitivos, comprometimento visual e auditivo, dificuldades alimentares, transtornos do comportamento, epilepsia etc.

O Departamento Científico de Neurologia é composto pelos médicos: Magda Lahorgue Nunes; Sergio Antonio Antoniuk; Eduardo Jorge Custódio da Silva; Jaime Lin; Valeria Loureiro Rocha; Marcio Moacyr de Vasconcelos; e Silvia Maria Lima Lemos. O documento contou, ainda, com a colaboração da dra. Danielle Caldas Bufara.