A irresponsabilidade dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) é tema do artigo “O assombro das irresponsabilidades”, de autoria do secretário geral da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Sidnei Ferreira. No texto, publicado na última edição do Jornal do Conselho Regional de Medicina no Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), o médico aborda três pesquisas divulgadas recentemente e que refletem o descaso dos gestores com a assistência na rede pública.

Uma delas destaca a fila para o tratamento cirúrgico de pacientes com cardiopatias congênitas. Outra aborda as limitações para diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer e, por fim, o pediatra retoma o levantamento da SBP sobre o fechamento de 10 mil leitos pediátricos público nos últimos anos.

O especialista – que também é um dos diretores do Conselho Federal de Medicina (CFM) e conselheiro do Cremerj – explica as graves consequências da ineficiência dos gestores, que tem culminado em mortes por todo o País. Além disso, ele aponta para as etiologias dessas dificuldades, como a diminuição permanente de investimento na saúde, a equivocada opção pelo modelo da terceirização da gestão, bem como a corrupção.

“Proponho que nos sites das entidades envolvidas seja criado espaço com um iniquidometro, anunciando cada crime contra a população, atualizando as mortes ocorridas e evitáveis, tratamentos não alcançados, cirurgias não executadas, para cada munícipio”, sugere o dr. Sidinei ao final do artigo.

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