Em artigo, especialistas da SBP abordam a alimentação saudável na infância a adolescência

Comer bem na infância é extremamente importante para garantir uma vida adulta saudável e de qualidade, além de evitar doenças futuras, como a obesidade, por exemplo, e garantir um melhor desenvolvimento. Em um mundo cada vez mais globalizado, em que os fast foods, produtos industrializados e embutidos estão na moda fica difícil conter a vontade das crianças e jovens no consumo desses alimentos.

Com o objetivo de alertar os pais e os pediatras sobre essa questão tão comum no dia a dia das famílias brasileiras, as drs. Virgínia Weffort e Elsa Giugliani, presidentes dos Departamentos Científicos de Nutrologia e de Aleitamento Materno, respectivamente, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) produziram o artigo “Alimentação saudável na infância e adolescência”.

“A população brasileira encontra-se num momento de transição do ponto de vista demográfico, social, epidemiológico e nutricional. Por ser uma fase de transição, coexistem hoje problemas antigos não resolvidos e problemas das sociedades mais ricas, tais como excesso de consumo de alimentos ultraprocessados, usualmente muito calóricos. Observa-se maior acesso a alimentos e bens de consumo em geral, o que leva à “epidemia” de doenças crônico-degenerativas como sobrepeso/obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, entre outras”, diz trecho do artigo.

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Segundo as autoras, na pediatria as ações da puericultura são voltadas principalmente para os aspectos de prevenção e de promoção da saúde, atuando no sentido de manter a criança saudável para garantir seu pleno desenvolvimento, para que atinja a vida adulta sem influências desfavoráveis e problemas trazidos na infância. “A alimentação das crianças e adolescentes é um ponto muito importante para a programação de uma vida saudável e de qualidade”, explicam.

O artigo traz ainda as recomendações da SBP, do Ministério da Saúde e da Academia Americana de Pediatria (AAP) para uma boa prática de alimentação saudável, “com o consumo de alimentos in natura, evitando os ultraprocessados, que contém muito açúcar, sódio e gordura”.

“A Academia Americana de Pediatria, assim como a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Ministério da Saúde, tem orientado a não consumir açúcar antes de doisanos de idade. Há evidências científicas de que o consumo de sacarose sem a fibra correspondente, como é comumente presente no suco de frutas, está associado à síndrome metabólica, lesão hepática e obesidade”, alertam as autoras.

Elas também citam a recomendação da American Heart Association (EUA) que decidiu reduzir a recomendação de ingestão diária máxima de açúcar adicionada à alimentação infantil durante a infância (2 a 18 anos) de 50 gramas (cerca de 12 colheres de chá) para 25 gramas (6 colheres de chá), além de disponibilizar um quadro com os componentes para as principais refeições (almoço e jantar) de crianças e adolescentes.