Na última semana, uma reportagem veiculada no jornal O Globo atingiu diretamente os pediatras brasileiros ao afirmar que grande parte dos profissionais receberam patrocínios da indústria de substitutos do leite materno. Após cuidadosa análise do conteúdo da pesquisa que deu origem aos textos publicados pelo jornal e outros veículos, o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Clóvis Francisco Constantino, encaminhou, na última terça-feira (23), uma carta de esclarecimento ao diretor de redação e editor responsável pelo O Globo para pontuar a utilização e interpretação equivocadas de informações retiradas de artigo publicado na Revista Saúde Pública.
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Além de apontar as limitações metodológicas do artigo científico usado como base da reportagem, o presidente da SBP reforçou que a matéria do jornal induz o leitor a erros, ao abrir mão de esclarecimentos indispensáveis, e apresentar conclusões sem o devido rigor científico necessário.
Na carta, dr. Clóvis destaca ainda a importância do papel do pediatra em todos os níveis de atenção nas redes pública e privada; e enfatiza o compromisso dessa especialidade na defesa e estímulo ao Aleitamento Materno de forma exclusiva nos seis primeiros meses de vida e, após, até os dois ou três anos de idade com outros alimentos apropriados.
RECORD NEWS – Também no dia 23, o presidente da SBP também falou sobre o assunto em entrevista ao vivo para o Jornal da Record News. Dr. Clóvis explicou que os resultados do estudo não refletem a realidade dos mais de 45 mil pediatras brasileiros, já que os próprios autores reconhecem nas suas considerações relacionadas ao trabalho científico que a amostra não é probabilística. Ou seja, não há possibilidade de generalizar toda uma especialidade, com base nos resultados dos 106 pediatras entrevistados no estudo.
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“São seis anos de medicina, três anos de residência médica, dois de área de atuação, mais pós-graduações e atualizações científicas. Não é possível imaginar que os pediatras com esse nível de preparação possam se vender a troco de canetas, blocos e inscrições em congressos. Nós realmente nos surpreendemos com a generalização que esse trabalho científico conseguiu fazer na imprensa. Por isso emitimos a nota em defesa da Pediatria, dos pediatras e das mães que têm sim o direito de amamentar os seus filhos durante os primeiros seis meses do bebê, de forma exclusiva, e por mais dois ou três anos juntamente com outros alimentos”, ressaltou.
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