Em documento, SBP aborda hipotermia terapêutica na assistência ao recém-nascido

A técnica de hipotermia vem sendo utilizada como tratamento adjuvante para recém-nascidos, de idade gestacional igual ou maior que 35 semanas, com diagnóstico de encefalopatia hipóxico-isquêmica. Para orientar os pediatras e demais profissionais de saúde a respeito das principais indicações desse procedimento, o Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou o documento “Hipotermia Terapêutica”.

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De acordo com a publicação, os resultados de estudos clínicos randomizados mostraram diminuição da mortalidade e da ocorrência de desabilidades neurológicas graves quando os pacientes foram tratados com essa técnica. Por isso, em atualização recente do Programa de Reanimação Neonatal da SBP, há recomendação formal de uso do procedimento.

Para auxiliar os pediatras, o novo documento da SBP apresenta o mecanismo de ação e as duas formas possíveis de aplicar a hipotermia terapêutica: no corpo inteiro ou na cabeça. “Ambas apresentam resultados satisfatórios e são realizadas com dispositivos apropriados – colchão ou capacete – que permitem um bom controle da temperatura do dispositivo e do neonato”, pontua o texto.

Além disso, a publicação traz indicações a respeito de contraindicações do método, tempo total recomendado para aplicar o protocolo e situações em que é necessário interromper. Também há um quadro informativo para consulta dos critérios para definição de encefalopatia moderada e grave.

O documento conclui ainda que, diante das evidências encontradas na literatura, há mais de uma década, pode-se considerar omissão não instituir a hipotermia terapêutica a pacientes asfixiados, uma vez que o procedimento não depende de arsenal sofisticado e pode ser realizado na maior parte das Unidades de Cuidado Intensivo Neonatais.