Em live exclusiva para associados, especialistas debatem tomografia computadorizada de tórax pediátrico

Os associados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) puderam aproveitar mais uma grande oportunidade de atualização exclusiva. Na última quinta-feira (19), especialistas apresentaram aos pediatras as principais questões envolvendo os efeitos da baixa dose de radiação em tomografia computadorizada (TC) de tórax em crianças. O encontro foi moderado pela presidente e membro do Departamento Científico (DC) de Pneumologia da SBP, dras. Fátima Pombo Sant’Anna e Regina Terse, respectivamente.

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“Estamos nos preocupando e queremos trazer para reflexão dos pediatras a questão do excesso de tomografias e radiação que muitas vezes as crianças são submetidas”, destacou a dra. Fátima. A palestra foi conduzida pela especialista em Radiologia Torácica dra. Isabela Silva Müller, que é radiologista e coordenadora do Centro Integrado do Tórax AMO-DASA. Na apresentação, ela explica o surgimento da tomografia; o desenvolvimento de diferentes tecnologias para realização; quantificação da dose de radiação; entre outros assuntos.

Além disso, a radiologista apontou que as crianças são mais radiossensíveis que os adultos e que há um risco imprevisível e aleatório de desenvolvimento de neoplasias de até 5 a 20 anos após baixa dose de exposição. As mulheres também estão incluídas no grupo de alta sensibilidade à radiação ionizante e, de acordo com a dra. Isabela, é necessário evitar ao máximo a realização desses exames de imagem nos grupos de risco até os 40 anos.

Dra. Isabela apresentou, ainda, como os pediatras podem calcular e estimar a dose efetiva de radiação recebida pelo paciente durante a realização do TC e quais os protocolos de atendimento na faixa pediátrica. “O problema é que alguns profissionais querem ter imagens perfeitas, e isso não é possível em todas as crianças. A tomografia deve ser feita com consciência, com método adequado e menor dose de radiação para qualidade diagnóstica. É preciso solicitar exames de imagens apenas quando eles são fundamentais para o diagnóstico e ajudar na decisão de condutas terapêuticas”, explicou.