Em live, pediatras do Centro-Oeste debatem a vacinação em tempos de fake news

A confiança nos médicos e profissionais de saúde, nas autoridades públicas e no sistema de saúde do País são alguns fatores capazes de influenciar na decisão de vacinar. Mas como o pediatra pode orientar as famílias e os pacientes com relação às vacinas em um mundo globalizado e hiperconectado? Que desafios isso gera para a comunicação em saúde? O assunto esteve em pauta na live “Vacinas x fake news”, realizada pela Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SBP-DF).

Sob mediação da presidente da SBP-DF e coordenadora das Filiadas do Centro-Oeste (FICO), dra. Renata Belém Seixas, o encontro contou com a participação de mais de 150 associados e com a presença do presidente da SBP, dr. Clóvis Francisco Constantino, e da vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), dra. Isabella Ballalai.

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“Nós sabemos que nos últimos 100 anos a mortalidade infantil teve uma redução marcante pelo saneamento básico, pela descoberta dos antimicrobianos, pela assistência à saúde, pelo aleitamento materno e pela imunização. Nós não podemos perder esse aspecto da imunização por atitudes irresponsáveis de cidadãos e às vezes até de autoridades. Portanto, a nossa responsabilidade aqui é muito grande”, declarou dr. Clóvis na abertura do evento.

Estudos apontam que a maioria das famílias responde de maneira satisfatória à recomendação de vacinação, desde que devidamente informadas e abordadas de forma adequada. “O ser humano fica suscetível [às fake news] quando ele está inseguro, e é claro que essa é a situação hoje. Mas o brasileiro acredita e entende a importância da vacina”, frisa a dra. Isabella.

A partir de 2015, o Brasil passou a apresentar uma queda nas taxas de coberturas vacinais – abaixo da meta que é de 90% – dependendo da vacina. Esse cenário preocupante tem chamado atenção dos pediatras para a reflexão, debate e construção de conhecimento sobre o assunto.