Em nota, SBP alerta para a importância da qualidade do sono na infância

Os distúrbios de sono são comuns na infância, mas preveníveis e tratáveis. Nos primeiros anos de vida, cerca de 20% a 30% das crianças podem apresentar despertares noturnos frequentes e dificuldade de dormir. A constatação consta da nota de alerta sobre “Qualidade do sono na infância”, elaborada pelo Departamento Científico de Medicina do Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e que reforça o papel do pediatra no esclarecimento, apoio e orientação às famílias.

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De acordo com o documento, esse distúrbio do sono é chamado de insônia comportamental e afeta não só o sono das crianças como também dos pais e/ou responsáveis. Ainda segundo o texto, existem o distúrbio de associação, quando ocorre um despertar da criança e os pais repetem ações para ajudar o bebê dormir, como embalar, dar chupeta e ninar, mas o problema continua; e o distúrbio da falta de limites, quando a criança posterga o sono e nos despertares noturnos vai para o quarto dos pais.

Diante do problema, é destacado que “o pediatra tem papel importante no tratamento de doenças comuns nessa faixa etária, como o refluxo gastroesofágico, alergia ao leite de vaca, sibilância e infecções de repetição que podem precipitar e manter os sintomas de insônia”.

Além disso, algumas ações podem auxiliar pais e responsáveis a lidar com esse momento, como a implementação da higiene do sono e da terapia comportamental como estratégias em longo prazo. “A higiene do sono inclui estabelecer horário para dormir e acordar regulares e adequados para a faixa etária; apagar os eletroeletrônicos uma a duas horas antes de dormir e estabelecer um ritual de sono”, aponta o texto. 

Os especialistas do DC de Medicina do Sono reforçam que a escolha da melhor terapia da insônia deve ser personalizada para cada família. Dessa forma, cada paciente deve ser avaliado de modo individualizado e o pediatra deve conversar com a família para identificar os comportamentos dos pais e sua relação com a criança.