O presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (DCAM-SBP), dr. Luciano Borges Santiago, descreveu o aleitamento materno (AM) como a garantia de proteção e saúde para a criança, além de redução da mortalidade infantil e prevenção de diversas doenças. Sua fala foi proferida durante o lançamento da campanha “Todos pela amamentação. É proteção para a vida inteira”, realizada nesta quinta-feira (29), pelo Ministério da Saúde, em Brasília. O evento também contou com a participação de diferentes entidades de saúde do todo o País.
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O pediatra ressaltou que a amamentação é um processo que vai além da nutrição da criança; é uma estratégia natural de vínculo afetivo entre mãe e filho, e a forma mais econômica e eficaz de intervenção para reduzir as chances de desenvolver algumas doenças. Sem contar na redução de danos ao meio ambiente e gastos do Estado com internações.
“Toda criança que mama no peito tende a não adoecer com facilidade. Atualmente, 823 mil mortes de crianças e 20 mil de mães – em decorrência do câncer de mama, principalmente – são evitadas pelo aleitamento materno. Por isso, devemos incentivar e proteger a amamentação”, disse.
O médico elencou as atividades programadas pela SBP durante o Agosto Dourado, mês dedicado especialmente a este tema. Com o slogan “Aleitamento materno: pediatra, faça a diferença!”, estão previstas a realização de lives, além do lançamento de cursos, podcasts, vídeos e outras iniciativas para a promoção, proteção e apoio a essa prática. “Nós, pediatras, estamos juntos com o Ministério da Saúde no compromisso de fazer a diferença na proteção do aleitamento materno”, disse dr. Luciano.
CAMPANHA – De acordo com o MS, o objetivo da iniciativa é informar a população sobre a importância do aleitamento materno e incentivar mulheres a amamentar até os 2 anos ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses da criança, mesmo em casos de covid-19. A publicidade será veiculada em sites, redes sociais e páginas da internet no período de 30 de julho a 15 de agosto.
Anualmente, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A prática protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.
Além do dr. Luciano Santigo, participaram da cerimônia a coordenadora geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Janini Selva Ginani; o secretário de Estado de Saúde de Rondônia, Fernando Máximo; o diretor do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Geraldo Reple; e o secretário de Estado de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto.
* Com informações do Ministério da Saúde
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