“Nunca a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) se dedicou tanto à causa do aleitamento materno”. A declaração é da presidente da entidade, dra Luciana Rodrigues Silva, ao comentar reportagem publicada pelo jornal Metro, nesta semana, na qual é colocada em dúvida o compromisso da entidade com a defesa da amamentação. Na semana passada, em nota enviada ao veículo de comunicação a seu pedido, a SBP apresentou esclarecimentos sobre o tema e apontou diversas ações realizadas ao longo dos últimos dois anos que não foram sequer citadas pela publicação.
Na nota da SBP, também é mostrado que recursos de patrocínio recebidos de empresas e do setor público são revertidos em ações de educação e mobilização, sem que isso comprometa a posição da entidade em defesa do aleitamento materno. Baseada na avaliação de apenas quatro profissionais, a matéria insinua uma relação de conflito de interesses entre a pediatria brasileira e a indústria.
ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DA NOTA DE ESCLARECIMENTO ENVIADO AO JORNAL METRO
“O apoio de empresas ou de órgãos públicos a seus congressos e outros eventos ocorre de forma legal e transparente, não sendo permitido que isso influencie a atuação da entidade ou de seus filiados”, reiterou a SBP em seu posicionamento oficial. Para dra Luciana Rodrigues, ao não apresentar todos os argumentos e justificativas encaminhados, o jornal apresentou uma visão distorcida e desconectada da realidade.
Segundo reitera: “é o papel de todos os quase 40 mil pediatras brasileiros trabalhar a conscientização de todas as mulheres que são mães sobre a importância de amamentar o seu filho exclusivamente com o leite materno até, pelo menos, os primeiros seis meses de vida, desde que não haja algum motivo clínico que a impossibilite o aleitamento”. Para a SBP, a orientação sobre o aleitamento deve começar cedo, na gestação, e continuar nas etapas posteriores, na maternidade e nas consultas mensais da criança.
DEFESA IRRESTRITA – No documento encaminhado, é citado que ao longo dos últimos dois anos, várias ações inéditas foram conduzidas pela SBP, como a publicação e distribuição entre os pediatras de documentos científicos sobre o tema, sempre com foco na promoção da amamentação. Além disso, desde a posse do atual grupo gestor, a defesa do aleitamento materno e a cobrança de medidas pelo Estado para garantir sua possibilidade de realização pelas mães e suas famílias têm sido conduzidas em audiências com os ministros da Saúde, da Educação, do Desenvolvimento Social, entre outras autoridades.
De forma complementar, o tema aleitamento materno tem sido debatido com parlamentares e outros tomadores de decisão, sempre na perspectiva de sua valorização. Ou seja, as inúmeras atividades conduzidas, todas com ampla repercussão na sociedade e na imprensa, demonstram que a SBP atua de forma autônoma e independente em prol dos temas pertinentes aos interesses da infância, da adolescência e dos pediatras brasileiros.
Entre as ações de destaque, desenvolvidas pela atual gestão, constam: a criação da campanha permanente do Agosto Dourado com foco no estímulo ao aleitamento. Os dois períodos já realizados com esse formato foram palco de lançamento de documentos científicos sobre o tema, organização de um simpósio de aleitamento dentro da programação do último Congresso Brasileiro de Pediatria e de curso à distância sobre o tema para os pediatras brasileiros e os profissionais de saúde de todo País, com 24 aulas detalhadas e baseadas em evidências científicas.
AGOSTO DOURADO – Também foi abordada a criação, pela atual gestão da SBP, de uma plataforma na internet específica sobre a amamentação materna, a qual tem contribuído para disseminar entre os pediatras e os pais e responsáveis a sua importância. A página http://www.sbp.com.br/especiais/agosto-dourado/ reúne uma série de ações em defesa da amamentação. De forma complementar, a SBP oferece ainda constante suporte técnico ao Ministério da Saúde nos preparativos de suas atividades relacionadas ao assunto, a exemplo das campanhas Nacionais de aleitamento materno e do Agosto Dourado, em 2018 e 2017.
“Essa é mais uma contribuição da Sociedade Brasileira de Pediatria para aumentar as taxas de amamentação e, sobretudo, os números de crianças amamentadas por um período maior de seis meses exclusivamente e por dois anos com outros alimentos”, disse dra. Luciana, que considera muito importante neste momento a criação de unidades, com profissionais capacitados em todas as maternidades e ambulatórios de pediatria, para apoiar e orientar adequadamente as mães que amamentam. O incentivo a implementação desse tipo de suporte tem sido cobrado de modo sistemático pela SBP junto ao Ministério da Saúde.
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