Pediatras, ginecologistas e obstetras de São Paulo (SP) participaram de ato público na Avenida Paulista para alertar crianças e adolescentes sobre os riscos do consumo de álcool durante a gravidez. A ação especial aconteceu no último domingo (17) no Parque Trianon, no bairro Cerqueira César, com o objetivo de educar desde a primeira infância, formando uma mentalidade responsável em saúde.
Médicos e voluntários realizaram atividades recreativas com as crianças, como oficinas de desenho e pintura, jogos, além da distribuição de panfletos, cartilhas e camisetas. “Tudo isso foi idealizado para a formação de uma consciência em saúde responsável ainda na infância, em particular no que diz respeito ao perigo, cientificamente comprovado, da relação entre bebidas alcoólicas e a gestação de um ser humano”, diz a dra. Conceição Segre, presidente do Grupo de Trabalho Efeitos do Álcool na Gestante no Feto e no Recém-nascido da SPSP e coordenadora da campanha Gravidez sem Álcool, lançada em 2010 pela SPSP, e nesse ano pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
MULTIPLICADOR - Dra. Conceição explica que diferentemente das edições anteriores, nas quais grávidas e demais mulheres eram o público central da campanha, desta vez as luzes focaram exclusivamente nos pequenos. “A avaliação da SPSP, da SOGESP e Febrasgo e das demais entidades médicas é a de que dessa forma trabalha-se a prevenção por meio do esclarecimento. Isso sem falar no poder multiplicador que uma criança possui no ambiente familiar, entre os amigos de escola e assim por diante” afirma.
De acordo com Claudio Barsanti, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), é um compromisso da entidade com a população, gestantes, mães e crianças combater a versão equivocada e perigosa de que uma pequena dose de álcool pode não fazer mal ao feto de uma grávida. “Podem existir consequências graves como malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais, até alterações de comportamento. Os médicos devem orientar tolerância zero às bebidas alcoólicas na gravidez”, comenta.
A ação realizada em São Paulo integrou a Semana de Combate e Prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), promovida pela SPSP, Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), com o apoio institucional da Associação Paulista de Medicina (APM), Associação Brasileira das Mulheres Médicas, Academia Brasileira de Neurologia e Academia de Medicina de São Paulo. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também apoiou a iniciativa.
PLATAFORMA - No primeiro semestre, a SBP lançou uma plataforma na internet com informações importantes para os pediatras e as mulheres sobre as vantagens de uma gestação livre do consumo de bebidas alcoólicas. Trata-se de uma iniciativa que previne o aparecimento de casos da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que causa graves efeitos na saúde do feto e do recém-nascido.
ACESSE A PLATAFORMA LANÇADA PELA SBP
No endereço eletrônico http://nova.sbp.com.br/gravidezsemalcool, o internauta encontrará acesso a dados sobre o que é essa síndrome, como diagnosticar a doença e quais os problemas que gera para as crianças, entre outros pontos. A ferramenta da SBP se soma à campanha #GravidezSemÁlcool, organizada pela Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) com o apoio de outras entidades médicas, como o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Associação Paulista de Medicina (APM), Academia de Medicina de São Paulo, Associação Brasileira das Mulheres Médica e Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo (Sogesp).
A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é a principal causa de retardo mental e de anomalias congênitas não hereditárias representando grande problema de saúde pública. Estima-se que a prevalência média mundial da SAF seja de 0,5-2 casos por 1000 nascidos vivos e que, para cada criança com a síndrome completa, existam três que não apresentem todas as características da síndrome, mas que possuam déficits neurocomportamentais resultantes da exposição pré-natal ao álcool.
No Brasil, não há dados oficiais. Entretanto, há indícios preocupantes. Estudo realizado em um hospital de São Paulo, com a participação de quase 2 mil futuras gestantes apontou que 33,29% consumiram bebida alcoólica em algum momento da gestação. O trabalho apontou, ainda, que em 71,4% dos casos a gravidez não foi planejada, ou seja, o desconhecimento desse estado pode ter contribuído para que elas continuassem sendo expostas ao álcool, com aumento de risco de diagnóstico da SAF nos recém-nascidos. (Com informações da Assessoria de Imprensa da SPSP)
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