Um novo e exclusivo webmeeting com o tema “Infecção do trato urinário e deficiência de ferro no dia a dia do pediatra” foi realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O encontro, que aconteceu em abril, contou com a moderação do dr. Tadeu Fernandes, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SBP; e com as palestrantes: dra. Josefina A. Pellegrini Braga, presidente do Departamento Científico de Hematologia da SBP; e dra. Nilzete Liberato Bresolin, presidente do Departamento Científico de Nefrologia da SBP.
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Dra. Nilzete iniciou a live falando especificamente sobre a infecção do trato urinário (ITU) em pediatria. A médica destacou a importância de abordar essa questão, considerando a recorrência desta doença durante a infância. “A infecção do trato urinário é uma infecção bacteriana bastante comum em crianças jovens. Até os 7 anos de idade, 2% dos meninos e 8% das meninas terão, pelo menos, um episódio”, ressaltou a médica.
A especialista frisou, ainda, que a infecção do trato urinário pode ser a primeira pista para a malformação ou disfunção do trato urinário e pode resultar em pielonefrite e sepse, com consequências graves. “Outro fator muito importante é que de 10% a 15% das crianças que têm infecção do trato urinário febril evoluem para cicatriz renal, que é causa substancial de morbidade a longo prazo. E a cicatriz renal pode, ainda, ser um fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial, proteinúria/microalbuminúria e comprometimento da função renal”, explicou dra. Nilzete, que indicou que a melhor forma de prevenir a cicatriz renal é através do diagnóstico e tratamento imediatos.
Já a dra. Josefina levou ao webmeeting mais detalhes sobre a deficiência de ferro no dia a dia do pediatra. A médica salientou que a anemia é definida quando os valores da hemoglobina e do hematócrito estão abaixo do 2º desvio padrão (DP) da referência para idade, sexo e altitude.
“É preciso lembrar que os valores da média e do limite inferior de normalidade para hemoglobina, hematócrito e do VCM, fundamentalmente na criança, variam de acordo com a idade e o sexo do paciente. Então, é crucial que o pediatra consulte uma tabela com esses dados para analisar se a criança está, de fato, anêmica”, detalhou a médica.
A especialista destacou, ainda, que a anemia é um grave problema de saúde pública global, que afeta principalmente crianças pequenas e grávidas. “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 42% das crianças menores de 5 anos e 40% das mulheres grávidas, assim como 1/3 das mulheres em idade reprodutiva, apresentam anemia no mundo. Porém, é fundamental frisar que os casos de deficiência de ferro são quase duas vezes mais recorrentes do que os casos de anemia ferropriva”, afirmou dra. Josefina.
Ao final da live, as especialistas responderam também a algumas questões enviadas por aqueles que participaram do encontro, via chat.
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