A coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Saúde na Era Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Evelyn Eisenstein, tomou posse como membro do Comitê de Acompanhamento pela Sociedade Civil (Casc) para a Classificação Indicativa. O órgão de assessoramento é vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem como intuito auxiliar na formulação de propostas sobre a política pública de classificação indicativa.

Na oportunidade, a especialista da SBP reforçou o compromisso da entidade em atuar pelo fim da violência e dos abusos contra a população infantojuvenil, inclusive no universo virtual. “Jogos de azar on-line, conteúdo impróprio sendo exibido em horário inadequado pela mídia tradicional, tempo de tela excessivo. Hoje, crianças e adolescentes estão sujeitos a diferentes cenários de risco. Por isso, é preciso reforçar as campanhas de informação sobre o funcionamento da classificação indicativa e ainda a responsabilização das Big Techs e grandes empresas de comunicação”, afirmou.

O evento, realizado em Brasília (DF) no último dia 17, representou a reintrodução da participação popular no Comitê da Classificação Indicativa, uma vez que os membros da sociedade civil estavam longe desse processo de construção desde 2010. Também foram empossados os demais membros da gestão: Mirian de Souza Albernaz, da Agência Nacional dos Direitos da Infância (Andi); Marina de Pol Poniwas, do Conselho Federal de Psicologia e Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda); Maria Góis de Mello, do Instituto Alana; e Ramênia Vieira da Cunha Gallas, do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.

Na ocasião, esteve presente ainda o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho Neto, que em seu discurso ressaltou a relevância do Sistema de Classificação Indicativa (ClassInd) e do aprimoramento da transparência, da integração e do controle das etapas dos processos, inclusive para o recebimento de denúncias.

NOVA TECNOLOGIA - A cerimônia de posse também marcou o lançamento do novo ClassInd, que traz como principal novidade a possibilidade de se adotar a autoclassificação para produções de TV, cinema, vídeo, jogos eletrônicos, espetáculos, entre outros. Nesses casos, a autoclassificação será demonstrada com um símbolo diferente, mais especificamente a letra “A” antes da indicação. As obras avaliadas como “livres” serão apresentadas com o símbolo “AL”. As classificações a partir de uma idade específica serão exibidas com “A10”, “A12” “A16” e “A18”.

*Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública