"Sistematização da assistência de pacientes com COVID-19 no serviço de emergência pediátrica". Esse é o tema na nota de alerta publicada, nesta segunda-feira (20), pelo Departamento Científico de Emergência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O documento visa orientar os pediatras brasileiros sobre questões importantes que devem nortear a organização dos atendimentos nos Serviços de Emergência Pediátrica em virtude da pandemia do novo coronavirus (COVID-19).
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Para realizar a organização estrutural e de fluxos, o documento indica promover estratégias claras de separação espacial dos fluxos assistenciais, por isso, pacientes com suspeita clínica de infecção por COVID-19 devem receber atendimento em áreas individualizadas pré-determinadas e bem sinalizadas por equipes específicas.
Além disso, nas áreas de espera por atendimento (COVID-19), tanto pacientes quanto familiares, deverão receber e utilizar máscara cirúrgica durante todo o processo de espera e atendimento. Entre outras recomendações, os especialistas da SBP orientam que os horários de visita e liberação de informações sejam estruturados, procurando separar os públicos (COVID x não-COVID), e que todos os casos identificados devem sejam notificados.
SUSPEITA E ESTRATIFICAÇÃO - Conforme explica a nota, a transmissão do SARS-CoV-2 em humanos ocorre, principalmente, pelo contato com secreções respiratórias oriundas de pacientes doentes e sintomáticos. Contudo, pode existir também a transmissão do vírus por indivíduos assintomáticos ou em fase de incubação da doença e isso dificulta a adoção de medidas de bloqueio ou mesmo o estabelecimento diagnóstico.
Em relação ao quadro clínico, o mais frequentemente referido é típico de uma Síndrome Gripal. Entretanto, pode variar quanto à intensidade dos sintomas, desde uma apresentação leve e assintomática (mais frequente em crianças e adultos jovens), até uma apresentação grave, que pode incluir choque séptico e falência respiratória. O documento lembra ainda que os sinais e sintomas de COVID-19 em crianças podem ser semelhantes aos de infecções respiratórias virais comuns ou qualquer outra doença da infância.
Sobre a estratificação da gravidade, o texto informa que a condução clínica dos casos suspeitos está fundamentada nas manifestações de gravidade presentes na Síndrome Gripal. "Para casos leves, estão indicadas medidas de suporte e conforto, isolamento domiciliar e monitoramento até a alta do isolamento. Para casos graves, está indicada a estabilização clínica no âmbito hospitalar", diz a nota.
A nota de alerta aborda ainda temas como "Casos Leves – Tratamento Ambulatorial"; "Casos Moderados a Graves – Tratamento Clínico na Emergência"; "Considerações específicas sobre a abordagem clínica na Emergência"; "Avaliação Radiológica"; "Abordagem terapêutica (Drogas alternativas)"; "Oxigenioterapia e Suporte ventilatório"; "Acesso à via aérea"; "Proteção à Equipe Assistencial"; e "Prognóstico".
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