O coordenador da Região Norte da diretoria de Integração Regional da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Bruno Barreto, e a secretária do Departamento Científico de Gastroenterologia Pediátrica da SBP, dra. Marise Tófoli, participaram na última terça-feira (17) da live sobre “Microbiota intestinal Pós- Covid: Qual o impacto do ‘novo normal’ na saúde infantil a médio e longo prazo?”. O debate foi moderado pela presidente do Departamento Científico de Gastroenterologia da SBP, dra. Cristina Targa. O vídeo está disponível no site da SBP somente para associados.
ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DA LIVE.
O excesso de higiene e a perda da diversidade microbiana foi o tema da aula do dr. Bruno Barreto. “A higiene é uma estratégia fundamental para o controle de infecção pela Covid-19. Contudo, a higiene excessiva, desproporcionada em outro contexto, pode ser fator de risco para a diminuição da diversidade microbiana intestinal e esta perda pode interferir com mecanismos de imunoregulação e justificar o aumento das doenças crônicas não transmissíveis. O uso de probióticos seria uma estratégia interessante na manutenção do equilíbrio microbiano, revertendo ou prevenindo a disbiose”, enfatizou.
Dra. Cristina Targa abordou o uso excessivo de antibióticos e o impacto causado na microbiota. Em sua explanação, abordou a formação da microbiota; microbiota e imunidade; antibióticos e a disbiose; e como melhorar a microbiota. “Cerca de 70 a 80% das células imunológicas estão localizadas em nosso intestino e o desenvolvimento do sistema imunológico depende do estabelecimento de uma microbiota intestinal equilibrada e diversificada no início da vida. Como os bebês nascem com um sistema imunológico imaturo, eles dependem de um processo de colonização microbiana altamente sincronizada para garantir que os micróbios corretos estejam presentes para uma função e desenvolvimento imunológicos ideias”, explicou.
Ela advertiu que o uso de antibióticos na infância precoce é prevalente, mas suas consequências na maturação do microbioma são desconhecidas. “Este uso tem sido associado com obesidade, diabetes, asma e alergias. Os antibióticos podem diminuir drasticamente a diversidade do microbioma. Por isso, é extremamente importante que os pediatras pensem bem antes de receitar antibióticos”, ressaltou.
Os hábitos alimentares na pandemia foi o tema da palestra da dra. Marise Tófoli. A especialista abordou as questões das mudanças bruscas devido à pandemia, entre elas a questão do medo de contrair a doença, o isolamento social, o trabalho home office, entre outras, e como isso influencia na alimentação.
Dra. Marise apresentou estudos recentes sobre a questão dos distúrbios alimentares na pandemia e os diferentes tipos de dietas que surgiram após o novo coronavírus. “Nesse período é preciso manter uma rotina no horário das refeições, comer refeições balanceadas, evitar lanches com alta densidade calórica e envolver as crianças no preparo das refeições”, exemplificou.
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