Publicada em 14 de janeiro de 2022.
A divulgação de um estudo preliminar pelo Instituto Butantan sobre a efetividade da Coronavac contra a Ômicron incomodou integrantes da comunidade científica que apontam que os dados são insuficientes e estão sendo mal interpretados.
O Butantan divulgou nesta semana que a Coronavac combate a nova variante do coronavírus, a ponto de se sobrepor à Pfizer, com base em um estudo conduzido por pesquisadores chineses da Universidade Fudan e da Universidade de Medicina Tracional Chinesa, em Xangai, da Universidade Jinan, em Guangdong, e da Universidade de Hong Kong. O material foi publicado no periódico científico Emerging Microbes & Infections.
(...) O dr. Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), afirmou à CNN que os dados são limitados e não há como comparar as análises em ambiente controlado de um laboratório com a vida real.
“Uma limitação importante dos dados in vitro de laboratório é que não existe uma correspondência direta entre estes resultados e a efetividade das vacinas no mundo real para a prevenção de doença, em especial para a prevenção de formas graves. Tivemos acesso a estudos de laboratório para avaliar a performance da Coronavac frente a Ômicron. Estes estudos têm mostrado que existe um prejuízo muito grande na produção de anticorpos neutralizantes para a Ômicron, antecipando uma preocupação com o que deve acontecer no mundo real com a proteção oferecida pela vacina para a doença”, disse.
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