EUA: famílias brancas e de maior poder aquisitivo são as que mais buscam tratamentos com hormônio do crescimento para os filhos

Publicado em 23 de junho de 2017 – por Teresa Santos e Dra. Ilana Polistchuck 

Pais mais altos, brancos, com maior renda, e que se preocupam mais com a altura dos próprios filhos tendem a considerar uma estatura maior como o padrão mais adequado. Esses foram alguns dos resultados observados pela Dra. Adda Grimberg, do Children's Hospital of Philadelphia, Estados Unidos, e colegas, quando avaliaram a percepção de pais de crianças atendidas na atenção primária acerca da altura[1]. A especialista disse, durante simpósio realizado no 12° Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (COBRAPEM) – promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e realizado pela Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ) – que a pressão social representa um problema que pode levar a alguns desdobramentos na terapêutica com hormônio do crescimento, como, por exemplo, "a supervalorização do tratamento de meninos brancos". 

(...) Entrevistado pelo Medscape, o Dr. Cresio de Aragão Dantas Alves, presidente do Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), afirma que estudos publicados no passado trouxeram a ideia de que crianças com baixa estatura sofriam desvantagens psicológicas e sociais no dia a dia, o que exigia uma postura mais agressiva dos médicos com relação ao tratamento. Isso contribuiu, segundo ele, para que se criasse uma expectativa e, dessa forma, os pais buscam avaliação de um especialista já considerando que o filho será tratado, independentemente de haver ou não necessidade formal. 

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