Contribuir para o atendimento da população pediátrica através da atuação em projetos sociais, no apoio às políticas públicas e no desenvolvimento de pesquisas científicas. Esta é a missão da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, que recentemente abriu espaço para relevante discussões sobre o futuro da assistência às crianças e adolescentes no País. Neste mês, a entidade promoveu o Fórum de Políticas Públicas para a Infância, que contou com a participação da presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Luciana Rodrigues Silva, e também de outros representantes da entidade.
“O Fórum representa uma de nossas iniciativas em prol dessa causa. O Brasil enfrenta atualmente muitos problemas relacionados à proteção integral e à defesa dos direitos da infância e adolescência. A violência urbana, a obesidade infantil, os baixos níveis de cobertura vacinal, o aumento da pobreza, o crescimento dos transtornos de comportamento, além das recentes epidemias de zika, chikungunya e dengue, são apenas alguns dos desafios que se colocam a nossa frente e exigem medidas integradas de todos os setores da sociedade”, disse o presidente e instituidor da Fundação que leva seu nome, dr. José Luiz Setúbal.
De acordo com ele, que também é pediatra, o cenário de crise vivenciado nas esferas econômica e política brasileira tem impactado diretamente a qualidade do atendimento oferecido na área da saúde, assim como demonstram diferentes indicadores. Recentemente, por exemplo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou um relatório com a denúncia de que 61% das crianças e dos adolescentes brasileiros são afetados pela pobreza.
"São 13 milhões de desempregados no País. A falta de estrutura em suas múltiplas dimensões – falta de saneamento, alimentação precária, escolas sem recursos, hospitais desequipados – impacta diretamente na saúde da população. Vivemos um momento de carência. Essas condições ambientais desfavoráveis afetam o indivíduo, com consequências para o resto da vida”, afirmou dr. Setúbal.
Para o especialista, os pediatras desempenham um papel central no enfrentamento a essas questões e boa parte das soluções para esses problemas pode ser alcançada a partir do trabalho de prevenção e promoção da saúde. “Os pediatras têm uma função essencial nesse contexto, pois atuam muito próximo às famílias e podem ser fonte de informação crível e agentes de acompanhamento da saúde”.
LANÇAMENTO – No dia 13 de setembro, durante a abertura oficial do 4º Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil, cuja programação contemplou a realização do Fórum de Políticas Públicas para a Infância, o dr. José Luiz Setúbal lançou o livro “Falando sobre Crianças e Adolescentes”. Organizada em parceria com a editora Manole, a publicação trata de maneira simples e direta de questões sobre bem-estar e saúde na infância e adolescência.
O especialista explica que o objetivo do livro é esclarecer as dúvidas mais frequentes de pais e educadores, através de textos que facilitam as tarefas rotineiras de cuidado, com base em diretrizes confiáveis de associações nacionais e internacionais. “Todo o conteúdo vem das postagens retiradas do blog Saúde Infantil, veículo da Fundação destinado a orientar as famílias e a comunidade sobre o tema. Os textos são de minha autoria e também de outros renomados profissionais da área”.
Dentre os temas abordados, estão: a criança no século XXI; a gestação; o bebê; a criança; o adolescente; atividade física; o sono; nutrição; a criança e o hospital, entre outros. O conteúdo do livro está organizado em blocos temáticos a fim de facilitar a busca e oferecer informações de qualidade e que se complementam. Conforme descreve o dr. Setúbal, trata-se de “mais um instrumento que define o conhecimento como um agente transformador da sociedade”.
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA – Além de proporcionar um amplo debate sobre os desafios das Políticas Públicas para Infância, o 4º Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil também abriu espaço para debates de interesse multiprofissional do atendimento integral da população pediátrica, com temas sobre as áreas da bioética, gestão, humanização, pesquisa clínica, enfermagem, entre outras. Diferentes simpósios foram conduzidos por especialistas da Argentina, Estados Unidos, Canadá, França, Espanha e Chile.
Outro destaque da programação foram as aulas magnas sobre “Como podemos contribuir para melhorias em saúde infantil”, com o dr. José Luiz Setúbal; “A temperatura está aumentando! Porque a defesa de um clima seguro é essencial para a saúde da criança”, com o dr. Marcelo de Paula Correa; e “Como abordar a saúde mental na infância e adolescência”, com o dr. Rodrigo Bressan.
“O evento foi uma grande oportunidade de compartilhar experiências exitosas, juntamente com importantes instituições acadêmicas. Contamos com renomados palestrantes do Brasil e do exterior. Além disso, tivemos também como destaque o Fórum de Discussão sobre problemas atuais e a apresentação de diversas inovações médicas durante as aulas e conferências”, concluiu.
REPERCUSSÃO – Os assuntos abordados pelos especialistas da SBP durante o Fórum de Políticas Públicas também ganharam repercussão em matéria publicada na última edição revista Veja. No texto, foi ressaltada a fala da representante da pediatria brasileira, dra. Luciana Rodrigues Silva, sobre a discrepância da assistência a crianças e adolescentes entre as regiões do Brasil.
“Quando tratamos de mortalidade infantil, o menor índice está em Santa Catarina, por volta de 8%, e o maior em Roraima 18%”, alertou a presidente da SBP.
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