O Ministério da Infraestrutura acaba de lançar uma nova campanha com foco na prevenção de acidentes em rodovias. Sob o slogan “A gente sabe o que tem que ser feito no trânsito. Basta fazer”, a iniciativa tem como objetivo alertar motoristas e passageiros sobre a importância de cumprir devidamente as normas expressas no Código de Trânsito Brasileiro. O uso de celular ao volante, a falta de respeito aos limites de velocidade e a negligência em relação ao uso do cinto de segurança são alguns dos temas retratados nos vídeos.
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“A gente é assim. Gosta de saber o que está acontecendo, de registrar cada momento e, claro, compartilhar isso com quem gosta. A gente sabe que usar o celular dirigindo é muito perigoso, mas acaba se arriscando. Até que um dia... (barulho de acidente) você sabe!”, narra um dos vídeos. O alerta é considerado extremamente relevante pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), uma vez que, dentre todas as chamadas causas externas, os acidentes no trânsito correspondem à principal causa de mortes de crianças e adolescentes no País.
Segundo dados do Ministério da Saúde, somente em 2016 o Brasil registrou mais de 1.200 óbitos na faixa etária pediátrica devido à imprudência de motoristas e pedestres. Os adolescentes de dez a 14 anos representam a parcela mais afetada pelo problema, totalizando 545 mortes. Em seguida, estão as crianças de cinco a nove anos, com 352 óbitos.
De acordo com o presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP, dr. Mário Hirschheimer, no início da adolescência, muitos filhos ganham autonomia para transitar pela cidade sem a devida supervisão, o que constitui um erro, pois essa fase é caracterizada pela busca por aventura e por testar limites. “Em vias movimentadas ou com cruzamentos sinalizados é indispensável o acompanhamento direto de um adulto responsável até os 12 anos de idade. Além disso, mesmo adolescentes mais velhos precisam de supervisão em grandes avenidas”, orienta.
DOCUMENTO CIENTÍFICO – Para orientar pediatras e pacientes na prevenção de atropelamentos, o DC de Segurança da SBP lançou em 2017 o documento científico “O pediatra e a segurança do pedestre”. Entre as recomendações indicadas, se destacam: a adoção de um comportamento seguro pelos pais, ensinando os filhos como agir enquanto pedestre; o treinamento para atravessar a rua, a partir dos oito anos; e a realização de brincadeiras somente em áreas seguras, preferencialmente cercadas.
A publicação ressalta ainda que, independentemente da idade, é importante lembrar repetidas vezes as regras básicas de segurança, como sempre andar na calçada e longe do meio fio; observar a entrada e saída de veículos dos prédios; somente atravessar no lugar mais seguro; prestar atenção em carros parados ou outros objetos que possa bloquear a visão; entre outras.
SÓ NA CADEIRINHA – Crianças e adolescentes também devem estar atentos às normas de segurança indicadas para passageiros de veículos automotivos. De acordo com o DC de Segurança da SBP, até os dois anos de idade, crianças somente devem viajar no assento infantil específico para carro. O equipamento precisar ser instalado segundo as orientações do fabricante e a criança presa pelo cinto de segurança de três pontos.
Após os dois anos, é indicado o uso da cadeirinha dotada de cinto de segurança próprio. Vários modelos acomodam crianças com de 30 a 36 kg. Toda criança que tenha ultrapassado o limite máximo de peso permitido para a cadeirinha de segurança deve usar um assento de elevação até atingir a estatura de 1, 45 metros.
O equipamento conhecido como booster promove segurança à parte superior do tronco e à cabeça. O cinto de segurança é indicado somente quando crianças e adolescentes atingem a altura de 1,45 metros, geralmente entre os nove e 13 anos de idade. Para mais informações sobre a segurança de crianças e adolescentes no trânsito, acesse o site Pediatria para Famílias.
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