Grooming, sexting e cyberbullying: os perigos por trás das telas

Publicado em 10 de outubro de 2019 – por Camila Kosachenco

A discussão não é nova, porém toma novas dimensões e ganha outros contornos a cada dia: a relação entre crianças/ adolescentes e a tecnologia é vista com cautela por especialistas. Para além da exposição excessiva às telas, com prejuízos no desenvolvimento comprovados pela ciência, o uso das novas ferramentas traz preocupações extras, como exposição da imagem dos pequenos na internet, bem como a disseminação indevida dessas fotografias na rede. Em tom de alerta, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), trouxe o assunto para o centro dos debates durante o 39º Congresso Brasileiro de Pediatria, que acontece nesta semana em Porto Alegre.

Termos como "sexting", "grooming" e "cyberbullying" foram o tema principal de uma palestra apresentada por Marco Antônio Chaves Gama, presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP. Todos eles são preocupantes e têm repercussões em diversas esferas da vida da criança/ adolescente, podendo acompanhá-las até a vida adulta. Um dos exemplos citados pelo médico é o "sexting", troca de mensagens ou imagens de teor sexual.

— É a forma da sexualidade do adolescente no mundo digital. Ele se expõe com facilidade através de nudes (imagens da pessoa nua) e acredita que, ao enviar essa foto, a pessoa do outro lado será cuidadosa e vai guardá-la, porém isso normalmente não acontece. Essas imagens podem durar anos e aparecer no futuro, quando a pessoa fizer uma entrevista de emprego, quando estiver em um outro relacionamento e chegar ao máximo de surgir para os filhos dessa pessoa — diz. 

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