Por Adriana Toledo
Por maiores que sejam o esforço e a dedicação dos pais, é impossível blindar os filhos de todos os riscos a que eles são expostos no dia a dia. Mas uma ajuda profissional valiosa facilitará a identificação de ameaças e ensinará a preveni-las, nos mais diversos contextos e fases da infância. Trata-se do manual Crianças e Adolescentes em Segurança (Ed. Manole), que acaba de ser lançado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, trazendo 516 páginas de orientações para pais e mães leigos. Em entrevista exclusiva à CRESCER, o pediatra Danilo Blank, coordenador da publicação e um dos autores, comenta os destaques da obra, que estará disponível nas livrarias a partir de novembro e, por enquanto, pode ser adquirida no site da editora, por R$118.
CRESCER: O livro aborda o tema segurança de uma maneira ampla, que vai muito além de acidentes domésticos e primeiros socorros. Qual foi o critério para estabelecer os tópicos a serem explorados?
DANILO BLANK: Primeiro, procuramos ampliar o conteúdo para falar de situações que nem sempre são discutidas, como os acidentes em ambientes rurais, nas margens de rios, em parques infantis e até em aviões. Para garantir uma viagem aérea segura, por exemplo, é preciso, comprar uma passagem exclusiva para o bebê, de modo que ele seja acomodado em cadeira individual, em um assento de segurança próprio, levado pelos adultos. Também não podemos nos esquecer de que até dois terços das mortes ocorrem por causas externas, como traumas no trânsito e violência domiciliar. Por isso, esses assuntos também mereceram destaque.
CRESCER: E a violência psicológica?
DB: O livro abrange essa questão, em tópicos como bullying, abuso sexual e estresse pós-traumático. Além disso, temos como objetivo promover o vínculo familiar, já que a falta de afeto e problemas emocionais muitas vezes estão por trás desse tipo de violência.
CRESCER: De que maneira as informações sobre as etapas do desenvolvimento contribuem com a prevenção de acidentes?
DB: É necessário conhecer os riscos inerentes à imaturidade infantil para poder preveni-los. Antes dos 5 anos, por exemplo, uma criança não consegue avaliar o perigo de derramar um líquido fervente sobre seu corpo. A partir dessa idade, ela até entende que pode ser atropelada ao atravessar a rua ou se machucar se saltar de uma escada, mas essa noção ainda não é suficiente para evitar o comportamento imprudente. Por isso, os pais devem reforçar a supervisão.
CRESCER: Que outros fatores ameaçam a integridade física das crianças e adolescentes?
DB: Os poluentes ambientais, na água, no solo e no ar, as mordidas e picadas de animais e o excesso de ruído, que compromete a audição, são alguns dos demais aspectos contemplados no manual.
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