“Um dos nossos pilares é atualizar nossos pediatras que residem nos lugares mais distantes e sabemos das dificuldades de acesso aos cursos e treinamentos”. Foi com essa afirmação que a presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Luciana Rodrigues Silva, abriu a reunião do Conselho Superior ocorrida na última sexta-feira (11), durante o 39º Congresso Brasileiro de Pediatria (CBP), em Porto Alegre (RS). Na oportunidade, ela falou sobre o trabalho realizado pelo Programa de Reanimação Neonatal (PRN) e pelos cursos itinerantes de Desenvolvimento e Comportamento da instituição.
“Esses cursos têm proporcionado mudanças nos lugares onde têm ocorrido as aulas, corroborando com a proposta da nossa gestão de descentralização de eventos e de capacitação profissional em todos os lugares”, complementou. No encontro, foram entregues duas placas em homenagem aos coordenadores e membros de ambas as atividades promovidas pela SBP de Norte a Sul do País.
A primeira a receber os cumprimentos foi a dra. Maria Fernanda Branco de Almeida, que juntamente com a dra. Ruth Guinsburg, coordena o Programa de Reanimação Neonatal. “Fiquei emocionada com essa homenagem. O PRN é feito por todos os instrutores, que dedicam parte do seu tempo em treinar outros profissionais para salvar vidas”, disse a dra. Maria Fernanda ao receber a placa de homenagem.
Na sequência, a homenagem foi feita à dra. Liubiana Arantes de Araújo, presidente do Departamento Científico de Desenvolvimento e Comportamento da SBP, e coordenadora do curso itinerante da área de atuação. A placa foi entregue pelo coordenador de Integração Regional, dr. Fernando Barreiro, a quem agradeceu pelo trabalho desenvolvido junto às filiadas para a realização do treinamento nos estados.
“Precisamos disseminar esse conhecimento, pois a nossa missão é cuidar do desenvolvimento infantil, e isso gera impactos positivos no futuro das nossas crianças. Com esse curso itinerante, estamos priorizando as regiões mais distantes e isso tem sido muito gratificante. É uma troca de conhecimento e aprendizado em cada edição”, destacou a dra. Liubiana.
DEFESA DA PEDIATRIA – O diretor de Defesa Profissional da SBP, dr. Fábio Guerra, apresentou ao grupo o Programa Defesa da Pediatria, que engloba a atuação profissional, a união em rede, a governança e o empreendedorismo. Na ocasião, foi apresentada uma proposta de posicionamento da entidade em defesa da pediatria.
O documento – que será entregue aos parlamentares e gestores federais, estaduais e municipais – visa o cumprimento de uma agenda prioritária para o exercício ético da medicina no País, bem como a qualidade do atendimento oferecido às crianças e aos adolescentes.
Entre as reivindicações estão a exigência de aprovação no REVALIDA para portadores de diplomas de medicina obtidos no exterior que queiram atuar no Brasil; a proibição de abertura de novas escolas médicas e a ampliação de vagas nos cursos de medicina em funcionamento; a contratação de pediatras que compõem as equipes de saúde para reforçar o atendimento na rede pública; a oferta de remuneração e honorários adequados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e as operadoras de planos de saúde.
Os pediatras também reivindicam a manutenção dos estoques de medicamentos e outros insumos em níveis adequados na rede pública; o aumento da oferta de leitos de internação e de UTI para crianças e adolescentes; o fim da interferência na autonomia dos pediatras nas suas decisões nas etapas de diagnóstico e de tratamento; reforço na cobertura vacinal; estratégia para ampliar a segurança nas unidades de saúde; e a garantia da inclusão do pediatra na atenção básica e nas salas de parto.
JPED – Já o editor científico do Jornal de Pediatria (JPed) apresentou os resultados alcançados com a publicação científica da SBP em relação ao fator de impacto de 2018, cujo índice alcançado foi de 1,689.
O JPed está muito bem cotado no cenário internacional, pois é a única revista brasileira e uma das poucas da América Latina nessa lista. “Mantivemos o mesmo percentil rank do ano passado entre as revistas pediátricas, ou seja, estamos na mediana das revistas voltadas à nossa especialidade”, comemorou.
No CiteScore da Scopus, o índice do JPed em 2018 foi de 1,88, o que coloca a publicação em 77º lugar (Quartil 2) entre as 277 revistas pediátricas indexadas na base de dados da Scopus.
“Esses dados são importantes para a construção do Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu em todos os estados brasileiros”, destacou o dr. Procianoy.
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