I Congresso Brasileiro de Médicos Residentes em Pediatria

Contribuir para o aprimoramento da formação profissional é o objetivo do I Congresso Brasileiro de Médicos Residentes em Pediatria, que ocorrerá de 10 e 12 de outubro, no Rio de Janeiro. De acordo com o dr. Gil Simões Batista, presidente do evento (foto), coordenador adjunto de Residência e Estágios em Pediatria da SBP e chefe …

Contribuir para o aprimoramento da formação profissional é o objetivo do I Congresso Brasileiro de Médicos Residentes em Pediatria, que ocorrerá de 10 e 12 de outubro, no Rio de Janeiro. De acordo com o dr. Gil Simões Batista, presidente do evento (foto), coordenador adjunto de Residência e Estágios em Pediatria da SBP e chefe do serviço de pediatria do Hospital dos Servidores, serão discutidas as necessidades dos alunos e preceptores de todas as regiões. “Queremos identificar onde podemos agir em conjunto e quais as propostas para a criação de uma linguagem nacional, como podemos auxiliar estes jovens médicos em suas carreiras, quais os melhores caminhos para que se mantenham atualizados, mesmo fora dos grandes centros”, assinala.

“O primeiro aspecto do temário é a atualização da pediatria em si, já que há uma reorganização da sociedade, novos conceitos sobre a família, e até mesmo uma outra inserção da criança”, diz a presidente da grade científica e diretora de ensino e pesquisa da SBP, Sandra Grisi, da Universidade de São Paulo. No programa, estão mini-conferências sobre “mercado de trabalho”, avaliação e objetivos da residência médica, além de exposição de casos clínicos sobre crescimento e desenvolvimento. Dentre as mesas-redondas, temas como os “desafios éticos na prática diária do residente” e também qual é “o papel da SBP”.  Oficinas estão sendo preparadas sobre “técnica de educação continuada: busca ativa do conhecimento pediátrico”, “apresentação cênica: o pediatra no atendimento” e sobre as “Ligas de Pediatria” – grupos de estudantes de medicina, organizados em um projeto de extensão, para aprender mais antes mesmo da residência.

Ligas estudantis cada vez mais populares

Escalado para coordenar a oficina, dr. Márcio Moacyr Vasconcelos, da Universidade Federal Fluminense (UFF), comenta: “a Liga Acadêmica é um conceito democrático e inovador de promover o conhecimento. É importante, porque o estudante se torna sujeito do seu aprendizado. As Ligas Acadêmicas são um movimento com objetivo bem definido de aprofundar a atuação e o aprendizado na especialidade que o aluno ainda vai escolher. Não há substituição da disciplina de pediatria. A Liga é gerida pelos alunos e nós, professores, somos convidados para participar da orientação. Para se ter uma ideia de como as Ligas estão se tornando populares, houve uma seleção na UFF este ano com 24 vagas e 75 inscrições”. Ainda segundo o dr. Márcio, foi depois da aula magna realizada pelo dr. Edson Liberal, presidente da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (Soperj), que surgiu a proposta de convidar as Ligas para o Congresso de outubro: “foi uma ótima palestra e ficou clara a empolgação dos alunos”.

Reunião preparatória, em maio, na sede da SBP

Plenária com o MEC e mais qualidade na residência
Durante o Congresso, será realizada também uma plenária, com debate entre representantes da SBP e da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde. “Nosso objetivo é uma residência com muita qualidade. Vejo, no contato com residentes, como brigam por isso – querem cursos, bibliografia, publicar. Mas também querem sair sabendo onde vão trabalhar!”, ressalta a Coordenadora da área na SBP, dra. Vera Bezerra.

Dois anos na neonatologia – Já a partir de 2011 a residência médica em neonatologia passará a ter dois anos de duração, conforme proposta do Departamento Científico (DC) de Neonatologia da SBP – apoiada pelo Departamento de Terapia Intensiva Pediátrica e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira – e já aprovada pela CNRM. Ex-presidente do DC, dr. Paulo Nader enfatiza que a meta é a “melhoria da qualificação profissional e do atendimento em UTIs neonatais, com  mais ênfase em serviço assistencial, gestão, pesquisa e transporte do recém-nascido”.Preparação – Desde maio, várias reuniões têm sido realizadas na sede da Sociedade (foto), entre as diretorias da SBP, da Soperj, chefes de serviços de pediatria, preceptores, professores de várias universidades. “Dr. Gil fez um estudo sobre a pediatria na cidade do Rio de Janeiro. Partiremos destas pesquisas e vamos bem além, reforçando o Projeto Médico Residente da entidade”, finaliza a secretária-geral, dra. Marilene Crispino. Clique aquiinscreva-se no evento e participe!