Importância do leite materno para os prematuros nas unidades neonatais é tema de live de encerramento do Agosto Dourado

O problema das crianças prematuras e as complicações da prematuridade assistidas nas unidades neonatais de maternidades públicas e privadas do Brasil foi debatido na live “Leite materno nas unidades neonatais: padrão ouro para os prematuros”. Realizada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a live teve como moderadora a presidente do Departamento Científico de Neonatologia da SBP, dra. Maria Albertina Santiago, e palestrantes os neonatologistas drs. João Henrique Leme, Jucile Meneses e Lícia Moreira.

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Segundo dra. Maria Albertina, o Brasil está entre os dez primeiros países com o maior número de prematuros, como a carga global de doenças atribuível à prematuridade muito grande. “Temos cerca de 350 mil prematuros com cerca de 80 mil crianças prematuras em unidades neonatais. Quase 30% dos pré-termos. Não temos leitos qualificados para tantas crianças, cuja média de permanência nas UTIs está em torno de 15 dias”, destacou.

Para ela, a melhoria desses indicadores só é possível com o leite materno exclusivo à alta do prematuro, com benefícios infinitamente maior em relação aos custos. “O que depende de nós é a organização das equipes. Desde 2012, a Academia Americana de Pediatria, uma instituição que muito nos influencia, declarou o leite materno como o melhor alimento para o prematuro, independentemente do fenótipo ou do grau de prematuridade”, explicou.

TEMAS – Os especialistas convidados apresentaram os temas “O impacto do aleitamento materno”, ministrado pela dra. Lícia Moreira; “Como implementar as práticas nutricionais fundamentadas no leite materno para o prematuro desde as unidades neonatais”, conduzida pela dra. Jucile Meneses; e “Leite materno na microbiota intestinal”, cuja explanação foi feita pelo dr. João Henrique Leme.