No próximo dia 5 de abril, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) promoverá, na sede da instituição, o lançamento da segunda edição do livro “Efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido”, produzido pelo Grupo de Trabalho homônimo. A publicação, que está em sua 2ª edição, foi atualizada e inclui novos capítulos e conceitos sobre o tema, escrito por membros do grupo de trabalho, sob a coordenação da Prof. dra. Conceição Segre, coordenadora de Campanhas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e também da campanha nacional Gravidez sem Álcool.
De acordo com a dra. Conceição, a literatura médica no meio pediátrico tem dedicado poucos trabalhos aos efeitos danosos e irreversíveis do álcool sobre o ser em formação. “Consultando-se a base de dados Medline, encontramos na literatura nacional apenas 296 artigos publicados sobre álcool e gravidez, e 34 sobre a síndrome alcoólica fetal (SAF). Por se tratar de uma afecção incapacitante, sem cura, com repercussões para toda a vida do indivíduo afetado, constitui-se em grave problema de saúde pública”, comenta.
Para a especialista, a SBP está empenhada em divulgar e esclarecer o tema aos pediatras, abordando as consequências e principalmente a prevenção ao problema. “O livro se destina aos profissionais de saúde que se acham envolvidos no atendimento a gestantes e seus filhos, médicos obstetras, pediatras, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, enfim, toda a equipe de saúde”, explica.
ABORDAGEM – O livro versa exatamente sobre o que indica seu título e faz uma análise das causas da ingestão de álcool pelas gestantes e suas consequências no organismo; como o álcool atinge o feto e sua extraordinária toxicidade; os efeitos no recém-nascido e suas consequências para o futuro, durante a fase escolar, no adolescente e no adulto; e, finalmente, sua prevenção.
“Um conceito de capital importância é de que não existe um nível seguro de ingestão de álcool abaixo do qual não exista o dano. Ou seja, tolerância zero para ingestão de álcool durante a gravidez ou para a mulher que deseja engravidar é a única atitude segura para evitar essa terrível doença”, destaca a dra. Conceição.
Segundo a médica, a abordagem sobre o alcoolismo durante as consultas pré-natal deve ser delicada, pois o sentimento de culpa que ocorre é muito grave. “A gestante alcoolista deve ser encaminhada para tratamento específico, tendo em vista que, quanto antes interromper a ingestão de álcool, tanto melhor para o feto. Nossa recomendação é: se beber não engravide e se engravidar não beba”, finaliza.
SERVIÇO
Lançamento do livro “Efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido” – 2ª edição
Dia: 5 de abril (quinta-feira)
Horário: a partir das 18h
Local: sede da Sociedade de Pediatria de São Paulo – Rua Maria Figueiredo, 549, 10º andar, bairro Paraíso, São Paulo (SP).
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