Neste domingo (19), celebra-se o Dia Internacional das Doenças Inflamatórias Intestinais, motivo pelo qual este mês é conhecido por “Maio Roxo”. A data tem como objetivo alertar toda a sociedade sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) e a importância de seu diagnóstico precoce. A iniciativa, celebrada simultaneamente em todo o mundo, conta com o apoio do Departamento Científico de Gastroenterologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
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“A Doença Inflamatória Intestinal é um nome genérico dado para os tipos de doença que acometem o intestino e têm caráter inflamatório. São três os tipos de DII: doença de Chron (DC), aquela que acomete todo o sistema digestório; retocolite ulcerativa (RCU), que aparece no cólon; e a colite não classificada, que é uma colite grave com características sobrepostas das duas doenças”, explica o dr. Silvio Rocha, do DC de Gastroenterologia da SBP.
No mundo, cerca de 10 milhões de pessoas vivem com essas patologias crônicas. A DII pode se apresentar em qualquer idade, sendo 5% em crianças menores de cinco anos e apenas 15% dos adultos são maiores de 60 anos. O diagnóstico na infância ou adolescência ocorre em 15 a 20% do total de casos. A Doença de Chron manifesta-se na infância ou adolescência em até 25% dos pacientes e a retocolite ulcerativa ocorre antes dos 20 anos entre 15 e 40% dos casos.
“Essas doenças não são comuns em crianças. No entanto, nos últimos anos, vêm aparecendo cada vez mais cedo, até mesmo em algumas com menos de um ano. Isso pode, inclusive, dificultar o diagnóstico, já que podem ser confundidas na fase inicial com alergias alimentares, por exemplo”, analisa o dr. Silvio Rocha.
CAUSAS – Os sintomas mais comuns para essas doenças são diarreia, dores abdominais, perda de peso e a presença de sangue nas fezes. No entanto, as causas para que elas surjam ainda não são definidas. De acordo com a presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva – que é gastroenterologista pediátrica –, para que haja um bom diagnóstico é importante unir o histórico clínico dos pacientes com diferentes exames, além do trabalho multidisciplinar.
“Essas doenças são crônicas, mas podem ser mantidas sob controle. As causas podem estar relacionadas a fatores genéticos, fatores ambientais e alterações do sistema imunológico, por exemplo. Há indícios de existência de relação da doença com o aumento da industrialização e suas consequências, como mudanças na alimentação também”, enfatiza dra. Luciana.
“O tratamento para as doenças pode ser médico ou cirúrgico, variando conforme o tipo e a extensão da patologia. Por isso, é essencial que exista um comprometimento em discutir sobre os problemas que essas doenças causam. Para os pacientes e suas famílias, o diagnóstico correto e precoce é primordial”, ressalta.
Dra. Luciana diz ainda que, quanto mais cedo for feito o diagnóstico das doenças, melhor será seu tratamento e mais positivo será o impacto na vida do paciente. “É de extrema importância que o pediatra fique atento aos sinais que a criança está dando, como desnutrição e mal crescimento, por exemplo. As DII afetam o crescimento e desenvolvimento físico e intelectual, além de provocarem dores e se o diagnóstico for feito precocemente há uma melhora na qualidade de vidas dos pacientes”, conclui.
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