As mudanças climáticas são uma grande preocupação de saúde pública e essa transformação pode agravar as chamadas alergias pediátricas. O alerta é da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que nesta semana divulgou um documento científico inédito destinado à conscientização sobre o impacto da degradação ambiental na saúde de crianças e adolescentes, em especial no sistema respiratório. O texto remonta ao slogan escolhido para celebrar a Semana Mundial da Alergia 2023, que será comemorada entre 18 e 24 de junho.
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“As crianças possuem frequência respiratória maior se comparadas aos adultos. Assim, inalam mais toxinas transportadas pelo ar em proporção ao seu peso. Seus órgãos ainda estão em desenvolvimento e por isso os danos provocados pelos poluentes ambientais também têm maiores repercussões, aumentando a probabilidade do desenvolvimento de infecções respiratórias em lactentes e maior risco de pneumonia em crianças menores de cinco anos”, diz o documento.
De acordo com os pediatras, mais de 90% das crianças são expostas a material particulado — um conjunto de poluentes que se mantém suspenso na atmosfera (poeiras, fumaças e outros compostos sólidos e líquidos) — em níveis acima dos permitidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante as janelas de suscetibilidade pré-natais, essa exposição pode, por exemplo, prejudicar o desenvolvimento do feto, além de comprometer o crescimento e causar danos a órgãos vitais (cérebro, pulmões, sistema reprodutivo, nervoso e imunológico), aumentando o risco de doenças na infância e prejudicar a saúde a longo prazo.
HOSPITALIZAÇÃO — O documento também indica que as mudanças meteorológicas e ambientais têm sido associadas ao maior número de crianças hospitalizadas com doenças respiratórias. “Estudo recente avaliou a relação entre a exposição de curto prazo à fumaça dos incêndios florestais e as admissões hospitalares de emergência no Brasil e identificou associações significativas entre a concentração de material particulado e as hospitalizações por causas respiratórias e cardiovasculares”, afirma a publicação.
O texto finaliza conclamando pediatras e outros profissionais que atuam na área da infância e adolescência a considerar como esse público em particular é afetado pelas mudanças climáticas e poluição do ar, bem como a se unir em torno de ações para minimizar os impactos dessas transformações ambientais na saúde das gerações atuais e futuras.
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