Publicada em 26 de setembro de 2021.
Há cinco anos, quando Benjamin nasceu, mais de 30 pessoas foram conhecê-lo, nos braços dos pais, na maternidade. Em fevereiro passado, quando Leonardo, Léo, seu irmão, chegou, só as avós e duas tias puderam vê-lo — e em horários diferentes. Em plena pandemia, Leonardo encontrou um mundo muito diferente daquele não só naqueles dias, mas em todos os seus sete meses de vida. Assim como ele, meninas e meninos nasceram em meio a uma realidade jamais vista na história da humanidade, em que um novo vírus se espalhou pelo mundo todo rapidamente. É a chamada geração “coronials”.
(...) Sem licença, creche, avós, vizinhas ou funcionárias, a televisão tornou-se o braço direito de muitas famílias na pandemia. A Sociedade Brasileira e Pediatria (SBP) recomenda, até os dois anos de idade, que as crianças fiquem afastadas das telas. Meta que poucas conseguiram alcançar. Mas, segundo especialistas, o excesso de TV e celular já provoca confusão no diagnóstico de certas crianças sobre pertencer ou não ao espectro autista.
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