Neonatologistas de todo Brasil reúnem-se para atualizar as Diretrizes em Reanimação Neonatal para o ano de 2022

O Grupo Executivo do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (PRN-SBP) reuniu-se na última quarta e quinta-feira (15 e 16), de forma on-line, com os 54 coordenadores estaduais do PRN e os membros do Departamento Científico de Neonatologia da SBP para atualização das Diretrizes em Reanimação Neonatal para o ano de 2022, voltadas para a assistência ao recém-nascido de gestação superior ou igual a 34 semanas e para os prematuros (gestação menor que 34 semanas).

As atualizações são feitas a cada cinco anos e têm como base as recomendações do International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR), e servem de guia para a construção das diretrizes adaptadas para a realidade de cada país ou grupo de países. As novas diretrizes serão lançadas durante o 8º Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal, que ocorrerá entre os dias 31 de março e 2 de abril do próximo ano, em Salvador (BA). No dia 30 de março acontecerá a reunião com os instrutores do PRN-SBP para a divulgação do material de ensino teórico e prático dos cursos de reanimação neonatal.

Representando a presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, e abrindo o primeiro dia do encontro virtual, o 1º vice-presidente da entidade, dr. Clóvis Constantino, ressaltou que o PRN-SBP é um dos mais importantes programas do País. “Essa reunião buscou trazer as mais recentes atualizações em reanimação neonatal, culminando em importantes contribuições para os pediatras e em mais segurança para os nossos recém-nascidos. A mortalidade infantil tem sido reduzida consideravelmente com o trabalho do nosso Programa de Reanimação Neonatal”, declarou.

A presidente do Departamento Científico de Neonatologia da SBP, dra. Maria Albertina Santiago Rego, destacou que, nesse formato, é a primeira vez que o Departamento participa dessa importante discussão de atualização das diretrizes do PRN-SBP, em conjunto com o Grupo Executivo, integrando as ações da Neonatologia na continuidade do cuidado neonatal. “Essa é uma forma efetiva de construir uma política pública, construindo consensos e redução de variações não desejadas na implementação de práticas clínicas”, frisou.

Ela também ressaltou que “o nascimento” é um período de transição, crítico para adaptação de processos fisiológicos da vida fetal para a neonatal, e o cuidado efetivo nesse momento de vida, determina melhores resultados perinatais a partir da potencialidade de vida da criança. “Os neonatologistas do Brasil estão na linha de frente pela redução da mortalidade infantil, a partir de estratégias integradas desde a vida fetal, ao nascimento e período neonatal”, destacou.

Para as coordenadoras nacionais do PRN-SBP, dras. Maria Fernanda Branco de Almeida e Ruth Guinsburg, esse debate é fundamental para melhor definição das diretrizes brasileiras. Em seguida, ambas agradeceram a cada participante do Grupo Executivo e aos Coordenadores Estaduais pela dedicação ao Programa de Reanimação Neonatal da SBP. “Todos vocês, aqui presentes, estão focados nas metas a serem atingidas em seus respectivos estados, cada um com suas particularidades”, disseram.

Dras. Ruth e Maria Fernanda reforçaram o pedido para que os membros do Grupo Executivo tragam novos neonatologistas para integrar o PRN da SBP, ampliando, assim, esse importante trabalho em prol dos recém-nascidos brasileiros.