No 38º CBP, professores e alunos trocaram experiências sobre o trabalho realizado nas Ligas de Pediatria pelo País

O 3º Encontro de Ligas de Pediatria, realizado paralelo à programação do 38º Congresso Brasileiro de Pediatria, marcou a sexta-feira (13) no evento. Com a apresentação do Painel “Experiências de Ligas de Pediatria”, médicos de diversos estados do País apresentaram casos das ligas de pediatria em diferentes instituições. 

O Dr. Edson Liberal, 2º vice-presidente da SBP, que coordenou a mesa com os professores expositores aproveitou a oportunidade para reforçar a importância da adesão das ligas à Sociedade. “As ligas são atores ativos da formação, promovendo aulas, projetos de extensão, projetos de pesquisa sempre com a coordenação de um professor. Tem sido um processo que tem aumentado nas instituições de ensino e a SBP está muito interessada em trazer esses jovens para perto, pois serão nossos futuros pediatras”, ressalta. 

Participaram do momento: dr Lício de Albuquerque Campos, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC); dra Adelma Alves de Figueiredo, professor assistente da Universidade Federal de Roraima (UFRR); dr Flávio Capanema, coordenador do Núcleo da Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh); e dra Kerstin Taniguchi, professora assistente do departamento de pediatria da Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

Primeiro a falar, professor Lício apresentou a Liga de Estudos em Pediatria e Neonatologia, da UFC. Ele destacou o equilíbrio entre a liga, que faz parte da área de Extensão, com as áreas de Ensino e Pesquisa. Listou ainda algumas atividades realizadas pelos alunos, que são divididas em blocos mensais por área, entre elas: Clube de Revista, Caso Clínico, Questões de Residência, e Diagnóstico de Rua. Também apontou ações com a comunidade, como campanhas de prevenção, exames, promoção do aleitamento materno, entre outras. “É importante esta relação (com a comunidade) para que eles conheçam este lado que no ensino formal não acontece”, explicou.

 Já a professora Adelma trouxe um panorama das ligas de pediatria nas regiões Norte e Centro-Oeste. Destacou a definição da Sociedade para as ligas, que têm o intuito de aprofundar os conhecimentos do aluno da graduação, e provocou uma reflexão sobre a importância de os grupos serem associados à SBP, para que haja um norte sobre os rumos da atividade. 

Apresentando as experiências das ligas de pediatria na região Sudeste, professor Flávio também reforçou o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Ele citou alguns números da região, tendo como fonte a Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM) e a Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Medicina (ABLAM). “Na região Sudeste temos 113 faculdades de Medicina, com 1356 ligas acadêmicas de diferentes áreas. Desse número, 95 são de pediatria ou neonatologia, ou seja, 7%. No Brasil existiam 76 ligas de pediatria registradas na SBP, sendo que a região Sudeste reponde por mais de 50%”, disse. 

Apresentando um perfil da atividade no Paraná, a professor Kerstin destacou as ligas de Maringá e Cascavel, entre outras, que são bastante atuantes. “Percebemos que o que determina o destaque da liga é o orientador. Então tem que ter amor pela coisa e encabeçar o projeto”, afirmou.