Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe 1,5 bilhão de pessoas com algum grau de deficiência auditiva em todo o mundo, sendo 2,3 milhões no Brasil. As perdas auditivas podem ser de origem genéticas/congênitas ou adquiridas, e podem ser de causas pré, peri ou pós-natais. Em crianças, quase 60% da perda auditiva pode ser evitada.
O alerta é da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que, por ocasião do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez (10), chama a atenção para a necessidade de uma ação conjunta entre profissionais de saúde, educadores e famílias. Segundo os especialistas do Departamento Científico de Saúde Escolar e o Grupo de Trabalho Educação é Saúde da SBP, crianças em idade escolar geralmente apresentam algum tipo de alteração auditiva, sendo a maior parte decorrente de acúmulo de cera ou otite secretora.
Embora sejam tratáveis, o problema interfere no desenvolvimento das habilidades auditivas e no rendimento escolar. Essas alterações auditivas, ainda que transitórias e de grau leve, estão associadas a uma série de dificuldades: déficits na aquisição do vocabulário, habilidades articulatórias, desatenção, entre outras.
Para os especialistas, a detecção precoce de alterações auditivas e a intervenção imediata em crianças com perda auditiva favorecem o desempenho acadêmico, emocional e social. “O desenvolvimento da audição, linguagem e da fala deve ser observado pelos profissionais da saúde e da educação bem como pelos familiares”, enfatizam na publicação. No Brasil, desde 2010, a Triagem Neonatal Auditiva Universal (através do teste das Emissões Otoacústicas Evocadas) é um direito de todo recém-nascido.
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“O 'teste da orelhinha' deve ser realizado, preferencialmente, nos primeiros dias de vida, entre 24 e 48 horas na maternidade, e, no máximo, durante o primeiro mês de vida, a não ser em casos quando a saúde da criança não permita a realização. Quanto mais precoce for o diagnóstico e início do tratamento da deficiência auditiva melhores os resultados, uma vez que crianças pequenas apresentam grande plasticidade do sistema nervoso central”, explicam os especialistas
RECOMENDAÇÕES – No texto, os pediatras trazem ainda algumas recomendações que podem reduzir os riscos de dano auditivos, tais como:
· Evitar barulhos altos: sons acima de 100dB causam danos permanentes em minutos e acima de 125dB, em segundos!
· Usar fones de ouvido com cuidado
· Tratar infecções adequadamente, com medicações prescritas pelo médico.
· Não usar hastes flexíveis ou colocar outros objetos no canal auditivo, existe risco de danificar partes sensíveis, como o tímpano.
Nota de pesar: dr. João Tomas de Abreu Carvalhaes
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