Nova live da SBP destaca repercussões da obesidade na infância e adolescência

Para prevenir a obesidade e mostrar as comorbidades relacionadas à doença, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) trouxe um convidado especial para falar sobre as repercussões da obesidade na infância e adolescência, em nova live promovida pela entidade. O convidado desta edição foi o pediatra nutrólogo dr. Carlos Nogueira, diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (ABN) e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em São Paulo (SP). 

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Segundo a moderadora do encontro virtual e presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP, dra. Virgínia Weffort, as estatísticas apontam que, no Brasil, quase três milhões de crianças menores de dez anos são obesas. Em relação aos adolescentes, o quantitativo chega a quase três milhões e meio. Para ela, os dados demonstram a necessidade de discutir do tema. 

“Nossa função é trabalhar a prevenção. Porém, sabemos que não depende só da nossa orientação, porque a família, em alguns casos, não segue o que o pediatra orienta. Contudo, temos que fazer nosso papel, que é informar” disse.

Durante 1h30 de transmissão ao vivo, dr. Carlos Nogueira abordou importantes tópicos da Nutrologia Pediátrica, tais como sobrepeso e obesidade e as questões psicossociais; resistência insulínica; síndrome do Ovário Policístico; múltiplos indicadores de Síndrome Metabólica e dislipidemia. Também foi abordada a hipertensão Arterial; aterosclerose; crescimento; doença hepática gordurosa não alcoólica; questões ligadas ao sono; imunidade e covid-19. 

“Crianças obesas, quando em tratamento, estão mais propensas a instabilidade emocional, impulsividade e problemas emocionais e psicológicos extremos. Nesse ponto, eu foco nessas questões psicossociais, porque entendo causar mais sofrimento na criança e adolescente” ressaltou

Ao final, os palestrantes responderam a dúvidas dos participantes sobre exagero de encaminhar todos os pacientes com obesidade ao psicólogo; quando iniciar a metformina, mediante o aumento de insulina e HOMA-IR nas crianças obesas; estratégia para iniciar o tratamento precoce, tendo em vista a resistência da família ao acompanhamento, entre outras.