A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) promoveu uma nova live para debater o tema “Covid-19 e imunização em pediatria: o que o pediatra precisa saber?”. Transmitida por meio dos canais oficiais da entidade no Facebook e YouTube, na última quinta-feira (11), a apresentação virtual foi acompanhada por milhares de espectadores e esclareceu aspectos sobre as manifestações clínicas da COVID-19 em crianças e adolescentes e o cenário da vacinação no Brasil, em meio à pandemia.
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As explanações foram iniciadas pelo presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, dr. Renato Kfouri, que ressaltou a importância de manter atualizada a caderneta de vacinação da população pediátrica. Segundo o especialista, se o País não alcançar as metas de cobertura vacinal pré-estabelecidas, existe o risco da deflagração de epidemias de outras doenças, ao fim da atual crise ocasionada pelo novo coronavírus.
“Nesse contexto, o sarampo é a primeira patologia da lista, em função da sua alta capacidade de contágio e porque o vírus já circula no território brasileiro. Se por um lado, as crianças estão sendo poupadas pela COVID-19, não podemos permitir que após a pandemia surja uma onda de contaminados por outras doenças, devido à demanda reprimida de paciente não imunizados”, afirmou.
Na oportunidade, o pediatra comentou ainda sobre o risco específico do grupo mais suscetível ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) voltar a apresentar relatos de infecções respiratórias graves, caso a imunização de palivizumabe não seja administrada na janela de oportunidade adequada, de acordo com a região do Brasil. Em 2017, a SBP publicou uma atualização das Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo VSR, onde apresenta recomendações sobre o uso do palivizumabe.
A PANDEMIA – Durante a live, o presidente do Departamento Científico de Infectologia da SBP, dr. Marco Aurélio Sáfadi, abordou a epidemiologia da COVID-19. Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 800 mil indivíduos já foram contaminados e a maioria das mortes foi verificada em pacientes com mais de 60 anos ou com obesidade associada, independentemente da idade.
Na ocasião, o especialista também ressaltou fatores relacionados à transmissão do novo coronavírus, com ênfase na possibilidade de crianças e adolescentes atuarem como agentes de disseminação do vírus entre a população. A despeito da faixa etária pediátrica verificar, no geral, evoluções mais leves da COVID-19, os indícios apontam que pacientes – mesmo assintomáticos são vetores de transmissão.
O dr. Marco Aurélio Sáfadi discorreu ainda sobre linhas de pesquisas que atuam para desvendar o modo como o SARS-CoV-2 agride o organismo humano e as reações de defesa dos nossos sistemas. Além disso, o pediatra falou sobre as evidências mais atuais sobre a relação da COVID-19 com a gestação e o aleitamento materno.
Informações atualizadas sobre o impacto da COVID-19 em Pediatria são disponibilizadas no novo site da SBP, disponível em: https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/
https://www.sbp.com.br/especiais/covid-19/
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