Os desafios de um consultório de pediatria no contexto atual foram debatidos durante o 39º Congresso Brasileiro de Pediatria (CBP), ocorrido de 9 a 12 de outubro, em Porto Alegre (RS). A mesa-redonda - coordenada pelo 2º vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Edson Ferreira Liberal - trouxe à tona o novo modelo da consulta pediátrica no consultório; a nova relação pediatra-paciente-família e os mitos e verdades sobre a consulta pré-natal.
As aulas foram ministradas pelos drs. Tadeu Fernandes, presidente do Departamento Científico (DC) de Pediatria Ambulatorial da SBP; Renata Rodrigues Aniceto, membro do referido DC; e José Paulo Vasconcelos Ferreira. Entre os assuntos discutidos, a questão que mais chamou a atenção foram as dúvidas de pais e mães feitas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.
“É preciso estabelecer regras para pais e mães nesta ferramenta, a fim de evitar a prescrição médica. Cada pediatra pode criar suas próprias regras, como horário para responder, quais tipos de dúvidas podem ser sanados, entre outras”, ponderou a dra. Renata.
Já o dr. José Paulo falou sobre o papel do pediatra e as famílias, enfatizando ainda o novo modelo de composição familiar existente. “Somos a principal fonte de referência às famílias e cabe a nós estreitar esse relacionamento. Uma das formas é coletar informações básicas sobre a família, fornecer aconselhamento e informações, construir habilidades parentais, e identificar e abordar assuntos de risco”, disse.
Dr. Tadeu explanou sobre as novas demandas no consultório atualmente e as principais queixas dos pais, englobando questões como obesidade infantil, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dermatite atópica, alergia à proteína do leite de vaca, constipação intestinal, entre outras. “O pediatra deve estar atento e preparado para lidar com essas doenças e tratá-las para que essas crianças atinjam a vida adulta de forma mais saudável”, salientou.
Ele abordou ainda questões importantes que os pediatras devem abordar nas consultas de puericultura, tais como o parto normal, o aleitamento materno exclusivo e licença-maternidade.
“A puericultura está dinâmica, pois a sociedade mudou. Ou seja, mediante as modificações das causas de morbidade e mortalidade, é preciso ter uma nova puericultura para abordar essas questões. Hoje é preciso que o pediatra trabalhe com imunoterapia, prevenção de acidentes, prevenção da violência, pois as causas externas são preponderantes. É um mundo novo que precisamos mudar, atualizar e ter um maior contato e interface com as famílias”, concluiu o dr. Edson Liberal.
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